sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Luciano Huck vira alvo de críticas após fazer pedido a indígenas

Um vídeo que mostra os bastidores da visita de  Luciano Huck e  Anitta à aldeia Kuikuro, no Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, viralizou na web e gerou bastante polêmica. Na publicação, o apresentador e sua equipe aparecem fazendo alguns pedidos. Em determinado momento, ele solicita que as pessoas que não estivessem vestidas com roupas tradicionais indígenas ficassem longe da gravação.

“Aí atrás, o de amarelo ali atrás”, diz uma pessoa. “É, tira as roupas [não tradicionais]. Obrigado. É, limpa a cultura de vocês aí”, afirma Huck.

Em outro momento, o marido de  Angélica reforça que o uso de celulares atrapalha a imagem dos indígenas.

“É o seguinte: a gente está cheio de câmera. Quanto mais celular de vocês aparece, menos eu acho que mostra a cultura de vocês. Quanto mais a gente conseguir preservar as nossas cenas sem celular… Porque, assim, quando aparece vocês de celular, eu acho que mexe na cultura original. Quando estiver gravando, se vocês puderem ‘segurar’ o celular, eu acho que quem tiver que ver vai valorizar mais vocês. Se puder falar isso para o povo, é bom”, reiterou.

Nas redes sociais, os comentários foram diversos que gerou muito burburinho.

“O homem branco querendo ensinar o indígena a ser indígena”, disse um usuário. “Eu acho uma falta de respeito a pessoa entrar na casa do outro e exigir alguma coisa”, comentou uma segunda. “Como sempre, a visão eurocêntrica”, reclamou um terceiro.

Nota de Luciano Huck

Após a polêmica viralizar, o apresentador falou por meio de nota sobre o tema. No comunicado, ele frisou que tem uma forte relação com as comunidades indígenas e o que aconteceu não foi qualquer tipo de imposição cultural.

“Minha relação com as comunidades indígenas no Brasil atravessa décadas. Sou, e sempre serei, defensor dos povos originários, de sua cultura, de sua territorialidade e de sua preservação. Dos Zo’é aos Yanomami, estive pessoalmente em dezenas de terras indígenas ao longo da minha trajetória. Eu conheço de perto essa realidade; não foi alguém que me contou.

Sempre defendi que as escolhas sobre modos de vida, tradições e caminhos futuros pertencem única e exclusivamente aos próprios povos indígenas.

Sobre a imagem em questão, registrada nos bastidores de uma gravação, é importante esclarecer: não se tratou de impor qualquer tipo de limitação cultural ou de consumo. Foi apenas uma decisão de direção de arte, um ajuste pontual dentro do contexto de um set de filmagem, nada além disso”, finalizou.

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