Em pleno 2025, em um cenário dominado por algoritmos, playlists digitais e consumo instantâneo, um formato musical do século passado segue desafiando as expectativas: o disco de vinil.
Longe de ser apenas uma relíquia nostálgica, o vinil vive um renascimento vigoroso, impulsionado por um público cada vez mais jovem e por uma indústria que redescobre o valor da experiência física e sensorial da música.
Dados recentes da Key Production, uma das principais empresas de manufatura musical da Europa, publicados no portal Vinews , os pedidos de produção de discos de vinil cresceram impressionantes 50% entre janeiro e maio de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Ainda mais surpreendente é o aumento de 41% na quantidade média por encomenda, o que indica não apenas um crescimento pontual, mas uma tendência consolidada de expansão.
Mas o que explica esse fascínio renovado por um formato que parecia ter sido superado pelas facilidades do streaming? A resposta está, em parte, na busca por autenticidade.
Em um mundo saturado de conteúdo digital, o vinil oferece uma experiência tátil, visual e auditiva que convida à escuta atenta. Colocar um disco para tocar exige tempo, atenção e envolvimento — elementos cada vez mais raros na rotina acelerada da vida moderna.
Outro fator surpreendente é o papel das novas gerações nesse ressurgimento. De acordo com uma recente pesquisa encomendada pela Key Production, 46% das crianças da chamada Geração Alpha (entre 1 e 16 anos) já escutam música em formatos físicos, como CD’s e vinis. Além disso, 38% dos pais afirmam que seus filhos ouvem discos de vinil e 36% dizem que as crianças sabem operar uma vitrola.
Esses números revelam que o vinil não é apenas um objeto de nostalgia para adultos, mas também uma porta de entrada para a formação musical das novas gerações.