A Globo encerrou o primeiro trimestre de 2025 com receita líquida de R$ 4,1 bilhões, representando um avanço de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, os custos e despesas da emissora subiram 22%, de R$ 2,8 bilhões para R$ 3,5 bilhões.
O aumento resultou em um recuo de 20% no Ebitda, que passou de R$ 812 milhões para R$ 647 milhões. O Ebitda é o indicador que mede a geração de caixa operacional, antes de juros, impostos, depreciação e amortização.
Segundo comunicado assinado por Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, o aumento nos custos foi impulsionado pelas recentes aquisições da empresa, como a incorporação do Telecine e a compra do controle da Eletromidia. Apesar disso, a emissora reforça que segue uma política financeira responsável, buscando reduzir despesas de produção. A informação é do Notícias da TV.
A maior parte da receita veio da venda de publicidade, que aumentou R$ 400 milhões no comparativo anual, passando de R$ 2,3 bilhões para R$ 2,7 bilhões. Já a receita com conteúdo, incluindo Globoplay, canais pagos e vendas internacionais, subiu R$ 100 milhões, totalizando R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 9%.
Embora o Globoplay tenha alcançado 1,8% da audiência total da TV em março, a expansão da base de assinantes não gerou crescimento proporcional de receitas. Isso se deve a um acordo com a Claro, fechado em 2023, que oferece o Globoplay gratuito nas novas assinaturas, resultando em receita fixa para a Globo.
Apesar de não lucrar diretamente com cada novo assinante, a emissora aproveita a base crescente para alavancar a publicidade digital, embora a receita com anúncios seja inferior à obtida com assinaturas diretas. Desde 2024, essa diferença afeta o desempenho financeiro das plataformas, mesmo com o aumento de audiência e usuários ativos.