O cantor e compositor Gilberto Gil, de 82 anos, afirmou nesta quarta-feira (26)que faz uso diário de maconha. Segundo o artista, atualmente ele diminuiu a quantidade utilizada devido aos esforços “físicos e mentais” que a cannabis exige. 

Em entrevista à revista Breeza, um veículo especializado em cannabis, o cantor afirma que começou a utilizar maconha ainda durante a juventude. Ele explica que teve vontade de descobrir coisas novas com as pessoas com que se identificava, o que o levou a experimentar a maconha pela primeira vez. Gilberto diz que as drogas sempre foram algo recorrente na vida dele, o que o fez também entrar na prática.

“Dentre os hábitos da minha geração, um deles era as experiências com expansores de estados de consciência, então eu acho que estava de acordo, compatível com um momento da vida, a minha idade, o meu impulso daquele momento”, afirma.

“Durante muitos anos experimentei a cannabis, o peiote, o ácido lisérgico, a ayahuasca, experimentei vários transformadores, expansores de consciência; porque, afinal de contas, estavam na pauta. Eram coisas pautadas pelo meu povo, pela minha geração, pelos meus iguais, pelos meus colegas”, completa o artista.

O patriarca da família Gil, no entanto, afirma que está cansado de usar maconha atualmente, mas não abandonou a droga em determinados momentos: “Eu não tenho nenhum impulso, nenhuma vontade de forçar os processos de transformação da realidade através de situações mentais porque não tenho vontade disso, não tenho mais. Não tenho inclusive energia suficiente pra isso”.

“As transformações de estado de consciência através de substâncias… É uma exigência, pelo menos pra mim, pra minha pessoa e condição, é uma coisa de muita exigência física, exigência mental, então não tenho gosto, não tenho ímpeto e nem coragem pra fazer esses exercícios de expansão mental tão exigentes”, finaliza o artista.