domingo, 20 de julho de 2025

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Gilberto Gil brigou para registrar nome de Preta Gil

Gilberto Gil enfrentou objeções no cartório ao tentar registrar sua filha com o nome “Preta”, em 1974, no Rio de Janeiro.

O escrivão se recusou a aceitar o nome isoladamente, sob o argumento de que “Preta não era nome de gente” .

A funcionária responsável pelo atendimento expressou surpresa com a escolha e questionou a validade do nome como prenome.

O cantor contestou a recusa citando nomes femininos comuns como Clara, Rosa e Bianca, todos associados a cores, que são frequentemente registrados sem impedimento.

Segundo relatos posteriores de Gilberto Gil, ele argumentou que se nomes ligados à cor branca eram aceitos, não havia justificativa para rejeitar o nome “Preta”.

A exigência do cartório foi que o nome escolhido fosse acompanhado de um prenome católico.

A avó materna de Preta, que acompanhava o pai no momento do registro, sugeriu então a inclusão de “Maria” como forma de viabilizar o procedimento. O registro oficial foi feito como “Preta Maria Gadelha Gil Moreira”.

O episódio foi relatado publicamente por Gilberto Gil em entrevistas e também por Preta Gil, que retomou a história em março de 2024, durante participação no programa Roda Viva.

Na ocasião, ela afirmou que o pai “deu o escândalozinho dele” diante da recusa do cartório. Segundo ela, a decisão de acrescentar o nome Maria foi tomada para evitar que o cartório barrasse completamente a escolha.

Preta Gil e seu orgulho

Preta declarou que sente orgulho do nome e da história que carrega. Apesar de ter enfrentado preconceitos na infância, adotou o nome como símbolo de identidade.

A cantora associa a escolha ao posicionamento do pai em defesa da valorização da negritude, tema presente em sua trajetória artística e política.

Morte de Preta Gil

A música e a cultura brasileira perderam hoje uma de suas vozes mais vibrantes. Preta Gil, cantora, atriz e ativista, morreu aos 50 anos, após uma longa batalha contra um câncer no intestino.

Filha do lendário Gilberto Gil, ela deixou um legado de resistência, alegria e luta pela diversidade. Se declarava abertamente bissexual e panssexual e também defendia a população LGBTQIAPN+.

gente.ig.com.br

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