terça-feira, 10 de junho de 2025

Rádio SOUCG

  • ThePlus Audio

Finneas afirma ter inalado gás lacrimogêneo em protesto nos EUA

O músico Finneas, irmão da cantora Billie Eilish, afirmou ter sido atingido por gás lacrimogêneo durante um  protesto pacífico realizado no centro de Los Angeles no domingo (08), contra as recentes ações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) dos Estados Unidos, que resultaram na prisão de ao menos 118 imigrantes sem documentação na região sul da Califórnia.

Segundo relato publicado no Instagram, Finneas disse ter sido “atingido com gás lacrimogêneo quase imediatamente” ao chegar à manifestação, que ele descreveu como pacífica.

“Eles estão incitando isso”, escreveu.

Mais tarde, o artista compartilhou novas mensagens em tom crítico ao ICE: “Que se danem todos vocês, soldados de fim de semana. Se você apoia essa m**** fascista, é fraco e vai perder.”

A atual onda de manifestações começou após a deflagração de uma grande operação do ICE em Los Angeles no início de junho.

Agentes utilizaram veículos descaracterizados e abordagens táticas semelhantes às de forças militares, o que gerou indignação entre ativistas e moradores.

Os protestos se espalharam por diversos pontos da cidade, especialmente no entorno da Freeway 101, resultando em bloqueios no trânsito, pichações e até incêndios de veículos.

Apesar do caráter pacífico de muitas manifestações, houve registros de confrontos, com uso de coquetéis molotov, fogos de artifício e destruição de bens públicos.

A polícia classificou várias concentrações como “ reuniões ilegais ” e efetuou pelo menos 40 prisões. Autoridades locais confirmaram ferimentos leves em manifestantes e agentes.

Celebridades se posicionam contra as ações

Finneas não foi o único a se manifestar.

A atriz Hilary Duff também usou as redes sociais para criticar as operações imigratórias, compartilhando uma mensagem de outro perfil que dizia:

Homens mascarados sequestrando pessoas nas ruas, do trabalho, dos carros e de formaturas não é aceitável. Obrigar crianças pequenas a se representarem sozinhas em tribunais não é aceitável.

Conflito institucional e tensão política

Em resposta aos protestos, o presidente Donald Trump ordenou o envio de 2.000 soldados da Guarda Nacional e mais 700 fuzileiros navais para Los Angeles, apesar da oposição do governador da Califórnia, Gavin Newsom, e da prefeita da cidade, Karen Bass.

A decisão acirrou o impasse entre o governo federal e autoridades estaduais, levantando questionamentos sobre a legalidade da intervenção sem solicitação oficial.

Na segunda-feira (09), Trump aumentou a tensão ao sugerir publicamente que o ex-diretor do ICE, Tom Homan, deveria prender o governador Newsom. “ Eu faria isso… Acho que seria algo ótimo ”, disse o ex-presidente.

Newsom reagiu com indignação nas redes sociais: “ O presidente dos Estados Unidos acaba de pedir a prisão de um governador em exercício. É um dia que eu esperava nunca testemunhar na América .”

Repressão à imprensa e repercussão internacional

A resposta policial aos protestos também levantou preocupações internacionais, especialmente após o caso da jornalista australiana Lauren Tomasi, do canal 9News.

Ela foi ferida por uma bala de borracha disparada por um policial enquanto cobria os protestos ao vivo, mesmo estando de costas para a linha policial e mantendo distância segura.

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu contenção no uso da força e alertou contra a escalada militar.

A Embaixada da Austrália criticou os ferimentos em jornalistas e cobrou respeito à liberdade de imprensa.

O clima na cidade segue instável, com policiamento reforçado e novos atos convocados por grupos ativistas que exigem o fim das prisões com base em status migratório e a retirada das forças federais das ruas.

gente.ig.com.br

Enquete

O que falta para o centro de Campo Grande ter mais movimento?

Últimas