quarta-feira, 27 de agosto de 2025

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Felca revela impacto financeiro após denúncias

O influenciador digital Felca  afirmou que viveu o pior mês financeiro de sua carreira após a publicação do vídeo “Adultização”, em que denunciou casos de abuso e exploração de crianças e adolescentes nas redes sociais.

Em entrevista exibida na madrugada desta quarta-feira (27) no programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, Felca contou que decidiu recusar todas as propostas de publicidade que recebeu desde a divulgação do conteúdo.

“Eu sou um influenciador, a maior parte da minha renda vem de publicidade. Nessas duas semanas, eu perdi, recusei ou declinei todas as publicidades que chegavam até mim. Então, neste mês, não tive qualquer tipo de renda. Para os negócios não foi bom”, disse.

“Um minuto de silêncio”

O criador de conteúdo explicou que a decisão foi tomada como uma forma de dar espaço ao debate sobre o tema.

“Declinei todas as publicidades. Foi quase um minuto de silêncio. Nesse momento, temos que falar sobre algo que é mais importante. Eu não quero aparecer dizendo ‘compre tal coisa’. Isso me descredibilizaria. Estou fazendo algo que é maior do que eu e do que a minha renda”, declarou.

A atitude recebeu elogios do apresentador Pedro Bial, que destacou: “É a diferença do que tem valor e do que tem preço. Isso não tem preço, tem valor”.

Caso mais marcante

Na conversa, Felca também relembrou episódios que mais o impactaram durante a investigação para a produção do vídeo, que levou mais de um ano para ser concluído.

Entre eles, relatou o caso de uma mãe que, segundo ele, “usava a imagem da filha menor para criar e comercializar conteúdo em plataformas privadas. Era a própria família por trás da sexualização da criança”.

Doações e alcance

Com mais de 48 milhões de visualizações, o vídeo “Adultização” poderia render cerca de meio milhão de reais ao youtuber, segundo estimativas de mercado. No entanto, Felca anunciou que todo o valor arrecadado com a monetização será doado a instituições que atuam no combate ao abuso infantil, como Childhood Brasil, Instituto Liberta, Aldeias Infantis SOS Brasil, Eu Me Protejo e Fundação Abrinq.

Ameaças e continuidade do trabalho

Desde a publicação, o influenciador passou a receber ameaças, especialmente após denunciar o também criador de conteúdo Hytalo Santos, suspeito de exploração sexual de adolescentes e preso em 15 de agosto. Ainda assim, ele garante que não pretende interromper a mobilização.

“Eu mantenho a cautela, mas estou fazendo algo que é mais importante do que eu. Desculpa aí, não vou conseguir parar” , disse em entrevista recente ao “Fantástico”.

Apesar do impacto financeiro, Felca destacou que o objetivo principal segue sendo dar visibilidade ao problema.

“É um trabalho que vai muito além da internet” , afirmou.

gente.ig.com.br

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