O ator sul-coreano Kim Soo-Hyun, conhecido por protagonizar dramas como Rainha das Lágrimas e Tudo Bem Não Ser Normal, foi acusado de abuso sexual pela família da atriz Kim Sae-Ron, encontrada morta em fevereiro deste ano.
A denúncia foi apresentada nesta quarta-feira (7) em coletiva de imprensa realizada com o advogado da família, Bu Ji-seok.
Durante o pronunciamento, os familiares afirmaram que os abusos teriam começado quando Sae – Ron ainda era criança. “Desde que ela era menor de idade, principalmente durante as férias de inverno, quando ela estava no segundo ano do ensino fundamental”, disseram. A família alega que “ele a obrigava a praticar atos obscenos”.
Segundo o advogado, o relacionamento teria terminado quando a atriz ingressou na universidade. Também foram exibidos trechos de conversas atribuídas à artista com uma testemunha, que teria sido responsável por revelar o caso a um youtuber anos antes. À época, Soo-Hyun teria 27 anos, enquanto Sae-Ron tinha 15.
De acordo com a denúncia, a pessoa que repassou as informações teria sido perseguida e esfaqueada posteriormente. A polícia sul-coreana está investigando o caso.
A família afirma que denunciou o ator com base na violação da Lei de Bem-Estar Infantil e diz esperar um pedido formal de desculpas, em respeito à memória de Sae-Ron. Soo-Hyun, no entanto, nega as acusações e ingressou com uma ação judicial contra os familiares da atriz por difamação.
Em declaração pública, o ator afirmou que o relacionamento entre os dois teria ocorrido entre 2019 e 2020, quando a jovem já havia atingido a maioridade. Emocionado, acusou os parentes de Sae-Ron de manipularem provas. “Evidências fabricadas”, declarou.
A tia da atriz afirma que o envolvimento entre os dois começou quando ela tinha 15 anos e se estendeu por seis anos, até 2021. A família também relaciona a morte da atriz a uma dívida milionária contraída por Sae-Ron com a empresa de Soo-Hyun.
O valor seria referente ao pagamento de compensações após a atriz ser flagrada dirigindo sob efeito de álcool, em 2022. Na ocasião, a empresa do ator teria arcado com cerca de 700 milhões de wons (aproximadamente R$ 2,7 milhões). A família afirma que a dívida e a pressão emocional agravaram o estado de saúde mental da jovem.