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Ex-governanta de Caetano Veloso pede indenização milionária na Justiça

O cantor e compositor Caetano Veloso e a esposa, Paula Lavigne, foram processados por uma ex-funcionária. Edna Santos, que trabalhava com o casal desde 2002, entrou com duas ações trabalhistas na Justiça do Rio de Janeiro, após ter sido demitida por justa causa.

Edna trabalhava como governanta na casa do casal. Ela foi demitida no dia 6 de maio, após ser acusada de furtar garrafas de bebidas alcoólicas, se hospedar clandestinamente em uma casa na Bahia, utilizar um veículo da empresa do músico para fins particulares e furtar dólares dos ex-patrões.

Em uma das ações, Edna afirma que o Caetano e Paula devem provar as acusações. No processo, a defesa da ex-governanta diz: “Os réus deverão indenizar Edna pelas violações aos direitos de sua personalidade, tais como a honra, a intimidade e a imagem, matéria que será abordada em ação própria”.

A ação também toca em relação aos valores que Edna recebia. O salário era de R$ 4.800, sendo R$ 2 mil “por fora”. Ela pede R$ 2,6 milhões de indenização trabalhista, divididos entre adicional noturno, acumulo de função, horas extras, incorporação de remuneração, entre outras irregularidades.

De acordo com a defesa de Edna, três dias antes de ser dispensada, o telefone da ex-funcionaria teria sido confiscado por Paula: “No aparelho se encontram documentos particulares (arquivos de áudio, imagens, registros de conversas em aplicativos de mensagens etc) que, caso venham aos autos, poderão, ao menos tese, comprovar a jornada de trabalho excessiva praticada, o regime de sobreaviso, o acúmulo de funções e o assédio moral praticado pela ré em desfavor da reclamante, além de elementos que poderão descaracterizar a justa causa aplicada pelos réus”. Eles pedem o ressarcimento do aparelho, um Iphone XR.

No segundo processo, Edna explica que residia em um apartamento do casal, em Ipanema, sem custos, com os dois filhos. Após a despensa, ela recebeu uma mensagem no celular do filho pedindo que eles desocupassem o apartamento imediatamente. Um tempo depois, eles receberam uma mensagem que estipulava um prazo de trinta dias.

Entretanto, no dia 8 de maio, Paula solicitou a entrada de uma arquiteta que faria a análise do imóvel. Edna pede que a Justiça negue a entrada. “A primeira ré (Paula) é uma pessoa bastante instável, por assim dizer, dada a rompantes que podem resultar no confisco de um bem alheio, como ocorreu com o telefone celular, conforme já se narrou, ou até mesmo na expulsão sumária da reclamante do imóvel, ameaça que já fora dirigida à reclamante anteriormente”, afirma. 

A juíza da 28° Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, Livia dos Santos Vardiero Crespo, já concedeu uma liminar atendendo o pedido da ex-funcionária: “Determino que os réus se abstenham, pelo prazo de 30 (trinta) dias, contados da dispensa da autora, de nova tentativa de adentrar na residência da reclamante, pessoalmente ou por meio de prepostos e, ainda, no mesmo prazo, se abstenham de demandarem que a autora deixe o imóvel”.

Lívia ainda colocou uma multa por descumprimento de R$ 1 mil por dia. Além disso, ficou determinado que Edna e a família tem até o dia 5 de junho para desocupar o apartamento.

Abusos

A defesa de Edna publicou uma nota de esclarecimento sobre os fatos. Nela eles afirmam que “Edna é uma mulher periférica e de origem humilde, não tem influência cultural e política como a parte adversa. Em razão disso, fazemos esclarecimentos para que não se dê a entender que Edna teria furtado qualquer coisa nos 22 anos em que trabalhou na casa”.

Eles afirmam que a ex-funcionária é uma “vítima de Paula” e que ela “foi submetida a um padrão sistemático de abusos psicológicos e morais, fatos que ainda serão levados ao conhecimento do Judiciário Trabalhista em momento oportuno.”

“Na tentativa de provar sua inocência, Edna entregou para Paula, no âmbito da investigação privada que ela iniciou, extratos bancários dos últimos 7 anos para demonstrar que todo o dinheiro que tinha era fruto de seu trabalho”, continua.

“Nada disso foi suficiente para que Paula parasse de assediar Edna. Até que, no dia 03 de maio, Paula Lavigne confiscou o telefone celular de Edna e violou o sigilo de suas comunicações, acessando conversas pessoais e fazendo backup dos dados privados de Edna.”

Eles afirmam que, além das ações trabalhistas, outras providências legais em relação a esses fatos já foram tomadas.

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