segunda-feira, 14 de abril de 2025

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Ex-ator da Globo compara maconha e álcool em vídeo

Conhecido por seu humor ácido e pelo trabalho no programa Furo MTV (2009-2013), o ator e comediante Bento Ribeiro voltou a chamar atenção ao comparar os efeitos da Cannabis e do álcool em um vídeo publicado no canal do Youtube chamado “Chapado Crítico”. No bate-papo, ele abordou a polêmica questão de forma ambígua, mesclando tom de conscientização com uma possível normalização do uso.

Bento ganhou destaque na TV como humorista e ator, participando de produções como a novela A Favorita (2008), onde contracenou com Claudia Ohana. Seu auge, porém, foi no comando do Furo MTV, ao lado de Dani Calabresa, onde explorava um humor irreverente e politicamente incorreto.

Em entrevistas recentes, ele admitiu ter se afastado da TV por não se adaptar ao que chama de “onda do politicamente correto”. “Ninguém queria encostar em mim porque tenho um passado meio questionável”, declarou, referindo-se a polêmicas e ao seu histórico de vícios.

Bento já falou abertamente sobre sua luta contra dependências químicas. Em 2022, no podcast Ben-Yur, revelou que passou por uma clínica de desintoxicação após crises de ansiedade, compulsão e uso abusivo de substâncias: “Minha cabeça estava quebrada por um tempo, muitas coisas pessoais, drogas, merda que eu fazia… Um monte de comportamento. Estava meio perdido”.

Em outro relato chocante, contou que chegou a usar LSD (ácido) diariamente, inclusive durante as gravações do Furo MTV: “Tomava ácido para viver. Comprava lá”. O abuso de álcool, cigarro (até três maços por dia) e outras drogas quase o levou ao colapso: “Se eu tivesse continuando na rota que estava, tinha morrido já”.

No vídeo publicado no “Chapado Crítico”, Bento compara os impactos sociais e à saúde das duas substâncias, ecoando argumentos comuns entre defensores da descriminalização da maconha. Ele cita a violência associada ao álcool — como brigas e acidentes — e contrapõe com a relativa “passividade” de usuários de Cannabis.

Apesar do discurso que parece equilibrar prós e contras, sua fala pode ser interpretada como uma relativização do uso recreativo — algo que ele, dada sua história, conhece bem. No “Chapado Crítico”, Bento analisa filmes e celebridades.

A legalização da maconha para uso recreativo avança globalmente, com países como Uruguai (2013) e Canadá (2018) liderando a mudança. Nos EUA, 18 estados já permitem seu consumo, reduzindo prisões por posse — especialmente em comunidades vulneráveis. Mas, afinal, a cannabis é uma alternativa “segura” ao álcool? A resposta não é simples.

O álcool mata por overdose aguda (coma alcoólico ou parada respiratória), algo impossível com a maconha. Além disso, está ligado a violência e acidentes — 30% das mortes no trânsito no Brasil envolvem embriaguez. Já a cannabis tende a causar relaxamento, não agressividade. Porém, isso não a torna inofensiva.

O uso precoce de maconha pode prejudicar o desenvolvimento cerebral, causando déficit de memória, síndrome amotivacional (“leseira”) e maior risco de transtornos mentais, como esquizofrenia em predispostos. 

Danifica órgãos (fígado, pâncreas), causa dependência física severa e está associado a 200 doenças, incluindo câncer. Ambos criam vício, mas o álcool tem abstinência potencialmente fatal (delirium tremens), enquanto a maconha gera dependência psicológica.

gente.ig.com.br

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