terça-feira, 9 de setembro de 2025

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Em nova entrevista, Wagner Moura reprova o governo Bolsonaro

Se tem algo que a dupla Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho não faria: é se deixarem ser censurados por qualquer manobra, em especial, quando este movimento vem de figuras políticas.

Individualmente, cada um deles teve que suportar, ondas e mais ondas, de ameaças e críticas devido ao posicionamento político que acreditam e defendem com unhas e dentes.

O ator brasileiro, que já é uma realidade incontestável em Hollywood, foi muito criticado e julgado por seu primeiro longa-metragem como diretor, Marighella (2019) , uma obra baseada na vida de Carlos Marighella, um político, escritor e guerrilheiro marxista-leninista brasileiro, acusado de envolvimento em atos terroristas contra a ditadura militar.

O mesmo vale para o cineasta pernambucano, que vem lidando com uma considerável parte de desaprovação do público brasileiro, desde o lançamento nacional de Aquarius (2016) , estrelando Sônia Braga. O filme gerou polêmica no Brasil por suas conotações políticas, especialmente, por ter sido lançado no auge da crise política do país. O elenco e a equipe técnica do longa-metragem se posicionaram ativamente contra o que consideravam um golpe de Estado no Brasil, exibindo cartazes de protesto no Festival de Cannes , daquele ano.

O mesmo movimento se repetiu quando Bacurau (2019) , chegou aos cinemas brasileiros, com acusações recriminatórias contra Kleber Mendonça Filho, dizendo que ele usou de sua obra para divulgar e espalhar, uma propaganda política pró-esquerda.

Agora, juntos em O Agente Secreto (2025) – que levou dois prêmios de maior relevância no último Festival de Cannes , Melhor Ator e Melhor Diretor – , poderemos testemunhar o quão focados, ambos se encontram, para apontar os crimes e males de um governo fascista, na história de um professor preso no turbilhão político dos últimos anos da ditadura militar brasileira, tentando fugir da perseguição.

A dupla passou pelo Festival de Toronto , no Canadá, como parte da divulgação de O Agente Secreto , que estreia nas salas brasileiras em 6 de novembro.

E, em uma entrevista para o The Hollywood Reporter , Moura afirmou – “porque durante muito tempo no governo Bolsonaro, os artistas foram tão atacados com tantas mentiras e coisas horríveis, que ver brasileiros torcendo por Fernanda Torres e Walter Salles e pelo filme Ainda Estou Aqui (2024) , e perceber e pensar que estes artistas representam a nossa gente, para mim, isto foi a coisa mais especial, sobre tudo isso”.

Pelo o que parece, esses dois estão bem preparados para o que vier, principalmente, se O Agente Secreto for o projeto selecionado para representar o Brasil, na próxima edição do Oscar .

gente.ig.com.br

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