Sean “Diddy” Combs, de 55 anos, apresentou novo pedido de liberdade provisória à Justiça dos Estados Unidos nesta segunda-feira (28). O rapper ofereceu US$ 50 milhões(cerca de R$ 278 milhões) como fiança e prometeu entregar o passaporte. A defesa alegou que ele foi “ provocado ” a agredir uma ex-namorada em episódio citado no processo.
A revista People divulgou com exclusividade detalhes da petição. O documento defende que existem “ circunstâncias excepcionais ” que justificam a soltura, mesmo com a lei exigindo prisão até a sentença. Os advogados afirmam que as relações com Casandra “Cassie” Ventura e outra mulher, identificada como “ Jane ”, eram consensuais, citando práticas do estilo “ swing ”.
O rapper foi condenado por violações da Lei Mann, que pune o transporte de pessoas para prostituição. A legislação determina a detenção obrigatória do réu antes da sentença, marcada para 3 de outubro. Em 2 de julho, o juiz Arun Subramanian negou pedido anterior de fiança, citando histórico de violência doméstica e risco à segurança pública.
Defesa admite agressão, mas diz que houve provocação
No novo documento, a defesa admite que Diddy agrediu Jane em junho, porém sustenta que ele teria sido provocado. Os advogados tentam minimizar o impacto do episódio, afirmando que o cantor reagiu a uma situação iniciada pela ex-parceira.
A proposta inclui uso da mansão em Miami como garantia da fiança. Caso consiga liberdade, Diddy se compromete a permanecer apenas nos distritos sul da Flórida e de Nova York, com deslocamentos restritos para reuniões com advogados.
O processo envolve múltiplas acusações. O artista foi inocentado de conspiração para extorsão, que poderia levar à prisão perpétua, e de tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção em casos relacionados a Cassie e Jane.
No entanto, foi considerado culpado em duas acusações de transporte com fins de prostituição, uma envolvendo Cassie e outra Jane. Cada uma pode resultar em até 10 anos de prisão.
A defesa argumenta que nunca houve caso semelhante de aplicação da lei contra alguém com o perfil de Diddy. Os advogados pedem que o tribunal reavalie a prisão preventiva antes do julgamento da sentença.
O rapper continua preso enquanto aguarda a decisão judicial sobre o novo pedido. Se condenado à pena máxima, poderá enfrentar até 20 anos de reclusão.