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Coincidências levantam dúvidas sobre o caso do atentado contra Aprígio

O recente atentado a tiros contra o prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva (Podemos), de 72 anos, ocorrido a poucos dias das eleições, tem gerado questionamentos entre analistas e eleitores. O caso, inicialmente amplamente divulgado como uma tentativa de homicídio, deixou dúvidas no ar, especialmente considerando o contexto eleitoral em que aconteceu.

Não é a primeira vez que a família Aprígio enfrenta uma situação semelhante. Em 2020, na cidade de Minador do Negrão, Alagoas, um suposto atentado contra Josias Aprígio , sobrinho do prefeito e pai do então candidato a vereador, também foi amplamente divulgado. No entanto, após investigação, a polícia descartou a hipótese de tentativa de homicídio . Curiosamente, o padrão das duas situações é semelhante: tiros disparados contra um veículo blindado, uma semana antes da eleição, período crítico para candidatos.

Outro ponto que tem gerado especulações é o fato de ser de conhecimento público que o carro de José Aprígio da Silva é blindado. Se a intenção fosse realmente assassiná-lo, por que escolher um momento em que ele estivesse dentro de um veículo protegido? A blindagem, reconhecida por todos, torna essa situação ainda mais suspeita, levando alguns a questionar se um atentado real não teria ocorrido em um local público, dado que o prefeito esteve em várias situações acessíveis durante o período eleitoral.

Adicionalmente, Aprígio , segundo pesquisas recentes, estava com baixo desempenho nas intenções de voto, o que levanta mais dúvidas: qual seria a motivação para um atentado contra um candidato que não representava uma ameaça real aos seus adversários políticos? Em situações como essa, muitos analistas sugerem que incidentes de violência, seja por tiros ou facadas, acabam favorecendo a imagem da vítima. Um exemplo recente é o do então candidato Jair Bolsonaro, que, após sofrer um atentado a facadas, viu sua candidatura ser fortalecida e, eventualmente, venceu as eleições.

A blindagem do veículo de José Aprígio da Silva conseguiu deter a maioria dos disparos, exceto um, o que pode sugerir que os responsáveis pelo ataque subestimaram essa proteção. No entanto, isso também levanta questões sobre a real intenção por trás do atentado.

Embora não existam provas concretas de um planejamento político por trás do episódio, os indícios e coincidências levam muitos a questionar as circunstâncias e o momento em que o fato ocorreu. As autoridades seguem investigando o caso, e o desenrolar das apurações será fundamental para esclarecer os reais motivos por trás desse atentado.

“A Polícia Civil de São Paulo continua a conduzir as investigações de forma minuciosa, com o objetivo de esclarecer todos os detalhes e circunstâncias envolvendo o atentado contra o prefeito José Aprígio da Silva , a fim de identificar os responsáveis e determinar as reais motivações por trás do crime, proporcionando uma conclusão completa e transparente do caso.”

O candidato a prefeito de Taboão da Serra (SP), Daniel Bogalho (União Brasil), solicitou à Justiça Eleitoral uma escolta policial armada para acompanhá-lo em atos de campanha. O pedido ocorreu após o atual prefeito e candidato à reeleição, José Aprígio da Silva (Podemos), ter sido baleado dentro de um carro nesta sexta-feira (18 de outubro de 2024).

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