terça-feira, 21 de outubro de 2025

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Celia Cruz: o centenário da Rainha da Salsa

¡Azúcar! Era assim, como se fosse um grito de guerra, que Celia Cruz costumava iniciar suas apresentações.

Ela dizia que era uma forma de valorizar o principal produto cubano, além de animar o público.

Hoje, se estivesse viva, a cantora estaria completando 100 anos.

Celia Cruz era considerada, pela mídia e pela crítica musical, a Rainha da Salsa.

A cantora morreu em 2003, com 77 anos, em Fort Lee, Nova Jérsei, nos Estados Unidos.

Aproveitamos o dia do seu centenário para fazer uma pequena  homenagem à artista.

Vida

Celia Cruz nasceu em 1925, no dia 25 de outubro, na cidade de Havana.

Ela iniciou sua carreira artística bastante jovem, no final dos anos 40, cantando principalmente mambos e guarachas, dois tradicionais ritmos cubanos.

Em 1950, Celia uniu seu trabalho com o da orquestra Sonora Matancera, o que se tornou um dos melhores encontros musicais de Cuba.

Revolução

O ano de 1959 foi muito importante para a história de Cuba, pois aconteceu o triunfo da Revolução, tendo à frente Fidel Castro e Ernesto Che Guevara.

Eles derrotaram a ditadura de Fulgencio Batista e instalaram um regime socialista.

Dois anos depois, descontente com os rumos políticos da ilha, Celia Cruz resolve exilar-se em Miami, nos Estados Unidos.

Isso fez com que sua carreira internacional, iniciada alguns anos antes, deslanchasse.

Salsa

Quando perguntada sobre o que era a salsa, Celia dizia: “é o nome comercial que colocaram na música cubana, como ritmo ela não existe”.

Ela acrescentava que em sua ” salsa ” agrupava-se “o mambo, a guaracha, o chachachá, a rumba e o guaguancó. Todos esses ritmos fazem parte da música cubana”.

Assista Celia Cruz cantando Guantanamera :

Cinema

Durante sua carreira, Celia Cruz teve várias participações em filmes. Destaque para A família Pérez e Os Reis do Mambo .

Nesse último fez o papel de uma cantora de mambo, que interpretava as músicas “La dicha mía”, ” Guantanamera ” e “Melao de caña”, canções que ela mesma tinha gravado no anos 50.

Também merece registro sua participação na música “Loco de amor”, com David Byrne, que fez parte da trilha sonora do filme Totalmente Selvagem .

Mágoa

Depois que saiu de Cuba, em 1961, Celia Cruz nunca mais voltou à sua terra natal.

Fez uma tentativa de regresso quando sua mãe morreu, mas não permitiram sua entrada.

Esse fato a deixou muito magoada com o governo cubano, fazendo-a dizer: “já que não me deixaram entrar para enterrar minha mãe, sinto muito, mas não tenho nada para fazer lá.”

As declarações de Celia Cruz reproduzidas nesta coluna foram retiradas de uma  entrevista que a cantora nos concedeu na década de 90, quando esteve no Brasil para alguns shows.

¡Azúcar!

Esta coluna é um espaço destinado à cultura e músicas latinas. Mais informações sobre esses temas você encontra em www.ondalatina.com.br   e no Canal Onda Latina: https://www.youtube.com/@canalondalatina

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