A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou o youtuber João Paulo Manoel, conhecido como Capitão Hunter, pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de pornografia infantil.
A investigação foi conduzida pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), que encaminhou o inquérito à Justiça. Ao iG Gente, o órgão confirmou o encerramento da investigação.
“De acordo com a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), o inquérito foi concluído, com o indiciamento do homem por estupro de vulnerável e produção de pornografia infantil, além da representação pela conversão da prisão temporária em prisão preventiva. O caso foi encaminhado à Justiça.”
Caso seja condenado, poderá cumprir até 23 anos de prisão, a legislação prevê penas de oito a 15 anos para estupro de vulnerável e de quatro a oito anos para produção de material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes.
Entenda o caso
O youtuber João Paulo Manoel, de 45 anos, conhecido como Capitão Hunter, foi preso em 22 de outubro, em Santo André, durante uma operação conjunta das polícias civis do Rio de Janeiro e de São Paulo.
A detenção ocorreu no âmbito de um inquérito conduzido pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), que apura suspeitas de exploração sexual de crianças e produção de pornografia envolvendo adolescente.
Segundo as investigações, o criador de conteúdo, que mantinha um canal voltado ao público infantil, teria enviado fotos íntimas e solicitado imagens de teor sexual a duas crianças com quem se relacionava por meio da internet e durante eventos presenciais.
Capitão Hunter, que acumulava cerca de 1 milhão de seguidores e comercializava produtos inspirados na franquia Pokémon, teria se aproximado das vítimas, uma menina de 13 anos e um menino de 11, prometendo apoio à trajetória deles no universo dos games.
Segundo as investigações da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a menina conheceu o influenciador durante um evento em um shopping da Zona Norte do Rio de Janeiro.
Após o encontro, o homem passou a se comunicar com ela por redes sociais, pedindo fotos íntimas em troca de produtos da franquia que divulgava. Ele também teria enviado imagens inapropriadas de si mesmo.
As mensagens, registradas pela adolescente, foram entregues à polícia e confirmaram o comportamento suspeito do influenciador.
A mesma conduta foi relatada por um menino de 11 anos, com quem João Paulo também manteve contato.











