Marcela Maia, aos quatorze anos, iniciou uma jornada nas ruas, quebrando a quarta parede e inspirada nos ensinamentos de Augusto Boal. Apesar do talento precoce, ela não teve o apoio da família em sua busca pelo estrelato artístico. Criada em uma realidade desafiadora, foi persistente em seu sonho, tornando-se uma artista determinada e destemida.
“Minha família nunca me apoiou, e eu entendo porque vinha de uma realidade que não era fácil. A prioridade da minha mãe era os meus estudos. Ninguém acreditava que ser artista era algo sério ou que me traria um futuro. Então, eu fui lá e quebrei todos os paradigmas e me tornei essa artista determinada”, explicou a atriz.
Com referências como Fernanda Montenegro, Zezé Mota e Mateus Nachtergaele, Marcela sempre teve o sonho de estar na televisão, mesmo quando ajustava a antena do barraco onde morava para assistir aos seus ídolos. Ela conta como as novelas sempre foram presentes no seu dia a dia.
“Estar na TV sempre foi um sonho para mim. Lembro-me de quando era pequena, no interior de Rosário de Minas, com 1700 habitantes, subindo no telhado do barraco onde morava com minha tia para ajustar a antena e bater na TV para assistir à Jade e sua mala. Atualmente, me vejo na mesma situação, com muitas malas”, disse.
Os “nãos” foram uma constante em sua trajetória, mas Marcela encarou cada obstáculo como um impulso para sua persistência. Mesmo após alcançar o estrelato, os reveses da indústria não abalaram sua confiança, servindo apenas como combustível para sua determinação.
Acompanhada por um histórico de terapia desde a infância, Marcela enfrenta suas batalhas internas enquanto busca seu lugar na arte. Atualmente, seu maior projeto é superar as adversidades e encontrar estabilidade para voltar à sua paixão pela arte.
Com otimismo e um sorriso no rosto, Marcela Maia continua sua jornada, pronta para enfrentar os desafios que o futuro reserva. Sua história é um testemunho de determinação e resiliência, inspirando aqueles que sonham em seguir seus próprios caminhos no mundo artístico.
“Meu projeto é sobreviver à margem e ter condições de voltar à arte ou ter um lugar para chamar de meu. Quando tiver essa base, pretendo voltar. Estou aberta a oportunidades e com o coração aberto para o que o mundo me reserva. Não estou na melhor fase, mas sigo otimista, com um sorriso no rosto, como sempre fui”, finaliza.