A morte do ator Matthew Perry
, conhecido por seu papel como Chandler Bing na série “Friends”
, ganhou novos desdobramentos nesta quinta-feira (10). Segundo as autoridades, Perry recebeu uma “dose alta” de cetamina
de um médico dias antes de sua overdose fatal, ocorrida em outubro do ano passado.
O Dr. Salvador Plascencia
, de 42 anos, e outro médico, Mark Chavez
, estão entre os acusados de fornecerem a droga ao ator. Além deles, o assistente pessoal de Perry, Kenneth Iwamasa
, o suposto traficante Erik Fleming
e Jasveen Sangha
, conhecida como a “Rainha da Cetamina de Los Angeles”, também enfrentam acusações relacionadas ao esquema.
De acordo com a acusação, Plascencia e Chavez lucraram milhares de dólares vendendo frascos de cetamina para Perry, uma droga que pode ser adquirida por valores tão baixos quanto US$ 12 (R$ 65 reais). Plascencia, que tinha licença para prescrever e administrar o tranquilizante, teria aproveitado o histórico de abuso de drogas do ator para lucrar com sua dependência.
Mensagens trocadas entre Plascencia e Iwamasa revelaram o desprezo pelo ator. Em uma delas, Plascencia teria ironizado: “Me pergunto quanto esse idiota vai pagar” pela cetamina, enquanto Perry se encontrava em um estado de fragilidade emocional.
Veja galeria de fotos
Matthew Perry morreu aos 54 anos Reprodução/Instagram – 31.10.2023
O ator esteve com uma mulher não identificada antes de sua morte Reprodução/Instagram
Zac Efron reage ao saber que Matthew Perry queria que o interpretasse Reprodução / Divulgação
Matt LeBlanc e Matthew Perry como Joey e Chandler em ‘Friends’ Reprodução/Instagram – 14.11.2023
Julia Roberts e Matthew Perry, seu ex-namorado Reprodução/NBC
Cerca de 16 dias antes da morte de Perry, o ator sofreu uma reação severa após receber uma dose elevada da droga, o que fez sua pressão arterial disparar e o deixou paralisado. Após o episódio, Plascencia alertou Iwamasa: “Não vamos fazer isso de novo.”
Nos cinco dias finais da vida de Perry, Iwamasa, que trabalhava com o ator desde 1994 e vivia com ele, teria administrado ao menos 27 doses de cetamina, sendo que três delas, segundo promotores, teriam causado “ferimentos graves e morte” ao ator.
Matthew Perry vinha passando por um tratamento com cetamina para depressão em uma clínica, mas quando os médicos se recusaram a aumentar a dose, o ator recorreu a Plascencia para obter mais da droga. Entre setembro e o dia de sua morte, em 28 de outubro, Perry teria pago cerca de US$ 55 mil (R$ 301 mil reais) em dinheiro por 20 frascos de cetamina fornecidos por Plascencia e Chavez.
Plascencia, que, de acordo com a mídia internacional, almejava se tornar o fornecedor exclusivo de drogas de Perry, também instruiu Iwamasa a administrar o tranquilizante, mesmo sem o assistente possuir qualquer treinamento médico. O médico teria vendido mais US$ 6 mil (R$ 32 mil reais) em cetamina para Iwamasa, ciente de que a dependência de Perry estava se tornando fatal.
As autoridades acreditam que a dose final, responsável pela morte de Matthew Perry, foi fornecida por Jasveen Sangha, que mantinha um “armazém de drogas” e já enfrentava outras acusações de posse e distribuição de metanfetaminas e cetamina.
Plascencia e Sangha foram indiciados por conspiração para distribuição de cetamina. Plascencia ainda enfrenta outras sete acusações relacionadas à distribuição da droga e duas por falsificação de documentos. Fleming, Iwamasa e Chavez aceitaram um acordo judicial confessando participação no esquema de distribuição de cetamina, incluindo conspiração que resultou em morte. O caso continua em investigação.