A recente morte de Sarah Raíssa, de apenas 8 anos, após inalar desodorante como parte de um desafio viral no TikTok, reacendeu o alerta sobre os riscos que crianças e adolescentes enfrentam nas redes sociais. Segundo dados do Instituto DimiCuida, desde 2014, 56 jovens brasileiros entre 7 e 18 anos morreram ou ficaram gravemente feridos ao participarem de desafios online perigosos.

Esses desafios, como o “Desafio do Apagão”, que induz a asfixia, e o “Desafio do Desodorante”, que envolve a inalação de aerossóis, têm se espalhado rapidamente pelas plataformas digitais. Especialistas destacam que a busca por aceitação e reconhecimento em grupos sociais torna os jovens mais vulneráveis a essas práticas.

A prevenção começa com o diálogo aberto e constante entre pais e filhos. Entender o universo digital dos jovens, demonstrar interesse pelas suas atividades online e estabelecer uma relação de confiança são passos fundamentais. Além disso, é essencial que os pais estejam atentos aos sinais de alerta, como mudanças de comportamento e isolamento.​

Para auxiliar na proteção dos filhos, os pais podem recorrer a ferramentas de controle parental, como o Family Link, que permite monitorar o uso de aplicativos, estabelecer limites de tempo de tela e bloquear conteúdos inadequados. Manter dispositivos em áreas comuns da casa e acompanhar as interações online dos filhos também são práticas recomendadas.

Além disso, especialistas enfatizam a necessidade de educar crianças e adolescentes sobre os perigos das redes sociais. Ensinar a identificar conteúdos nocivos, compreender as consequências de suas ações online e promover o pensamento crítico são estratégias eficazes para prepará-los para o ambiente digital.​

A tragédia de Sarah Raíssa serve como um doloroso lembrete da importância da vigilância e do envolvimento ativo dos pais na vida digital de seus filhos. A união entre famílias, escolas e autoridades é crucial para criar um ambiente online mais seguro para as futuras gerações.​