Campo Grande ainda sente os efeitos da semana mais gelada do ano — com sensação térmica próxima de 0 °C e mínima abaixo dos 5 °C — e já se prepara para uma nova queda nas temperaturas. Uma nova frente fria está prevista para chegar ao Estado entre os dias 30 de junho e 1º de julho, segundo os principais institutos de meteorologia, trazendo mais dias frios, céu encoberto e possível impacto na saúde da população mais vulnerável.

A onda anterior deixou marcas: na segunda-feira (24), Sete Quedas, no sul do Estado, registrou –0,9 °C. Em Campo Grande, os termômetros marcaram 4,6 °C com sensação térmica de –0,4 °C em áreas abertas da cidade. A capital entrou na rota de uma intensa massa de ar polar, empurrada por ventos fortes e elevada umidade, combinação que derrubou a temperatura com rapidez e acentuou a sensação de frio extremo.

Mas a trégua será curta. A previsão para a próxima semana já indica mínimas entre 11 °C e 13 °C em Campo Grande, com máximas que mal ultrapassam os 20 °C. O sol deve dar lugar a nuvens baixas e tempo encoberto, reforçando a sensação de um inverno que chegou de forma antecipada e intensa.

No interior, o cenário será semelhante. Ponta Porã e outras cidades da fronteira com o Paraguai devem enfrentar madrugadas com mínimas abaixo dos 6 °C e forte sensação térmica negativa. Em Três Lagoas, a última frente fria derrubou a mínima para 5,2 °C, e a expectativa é de que o frio volte a se intensificar.

O fenômeno não é incomum para esta época do ano, mas o padrão observado em 2025 vem chamando atenção pela frequência das frentes frias e pela intensidade das massas de ar polar que atingem a região. Especialistas explicam que os contrastes de temperatura entre o sul e o norte do país provocam fenômenos como a “friagem” — quando o ar polar avança com força pela região Centro-Oeste, provocando quedas bruscas em poucas horas.

Com o frio de volta, a recomendação é reforçar os cuidados, sobretudo com crianças, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade, além de manter a atenção a animais domésticos e moradores de rua. A Defesa Civil do Estado e prefeituras municipais mantêm canais abertos para acolhimento emergencial e entrega de cobertores.

Previsão para Campo Grande – início de julho