O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) decidiu, na tarde desta terça-feira (27), pela manutenção do mandato da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e da vice-prefeita, Camilla Nascimento. Por maioria dos votos, os juízes e desembargadores rejeitaram o pedido de cassação apresentado com base em uma denúncia de suposta compra de votos durante as eleições.
A decisão foi tomada durante sessão no plenário do TRE-MS, com a maioria dos magistrados acompanhando o voto do relator. O entendimento predominante foi o de que as provas reunidas nos autos não foram suficientes para comprovar a participação direta de Lopes e Nascimento em eventual prática de ilícito eleitoral.
Votaram com o relator os juízes Alexandre Antunes da Silva, Márcio de Ávila Martins Filho e Carlos Alberto de Almeida, além dos desembargadores Sérgio Fernando Martins e Carlos Eduardo Contar.
Na avaliação desses magistrados, embora tenha havido denúncia com documentos como um comprovante de pagamento de R$ 1,2 mil a um suposto aliciador de votos, os elementos apresentados não foram considerados robustos o suficiente para fundamentar a cassação.
Em voto divergente, os juízes Vitor Luís de Oliveira Guibo e Fernando Nardon Nielsen defenderam que a prática ilícita foi comprovada no processo e votaram pela cassação dos mandatos, além da aplicação de multa e da inelegibilidade por oito anos.
Com a decisão, Adriane Lopes e Camilla Nascimento permanecem no cargo e devem cumprir o mandato até o fim da atual legislatura, em 2028.