Campo Grande chega ao quarto dia consecutivo sem circulação de ônibus nesta quinta-feira (18), em meio à falta de acordo entre motoristas, Consórcio Guaicurus e poder público. A greve começou na segunda-feira (15) após atraso no pagamento de salários e do 13º, e desde então terminais e pontos seguem vazios.

Mesmo após decisões judiciais que determinaram a retomada parcial da frota, com percentuais de 70% nos horários de pico e 50% nos demais períodos, os trabalhadores rejeitaram o retorno ao serviço. A Justiça chegou a impor multas diárias que passam de R$ 500 mil ao sindicato diante do descumprimento da ordem.

Na quarta-feira (17), uma nova decisão determinou a intervenção no contrato do transporte coletivo, com prazo para a prefeitura, a Agetran e a Agereg apresentarem um plano de ação e nomearem interventor para corrigir a prestação do serviço, sob pena de multa.

O sindicato mantém a posição de que o trabalho só será retomado com o pagamento integral dos valores atrasados. A Prefeitura e o Ministério Público aguardam notificação formal para definir medidas.

Com a paralisação mantida, a rotina de milhares de moradores segue alterada, e o impacto atinge deslocamento cotidiano, comércio e serviços, revelando um impasse que permanece sem solução concreta após quatro dias.