sexta-feira, 6 de junho de 2025

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Estado e Assembleia apresentam nova arquitetura da saúde e projeto de PPP no Hospital Regional

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul foi palco, nesta quarta (4), da apresentação oficial da nova estrutura da saúde pública estadual. Em reunião com deputados, o governador Eduardo Riedel detalhou o projeto de regionalização hospitalar e a proposta de Parceria Público-Privada (PPP) no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande.

Com a parceria, o número de leitos do HRMS deve subir de 362 para 577, e o volume de internações mensais pode quase dobrar — de 1,4 mil para 2,7 mil. A iniciativa faz parte de um pacote de investimentos que pode chegar a R$ 1 bilhão.

A proposta divide responsabilidades entre Estado e setor privado. Serviços médicos, de enfermagem e demais atividades assistenciais continuarão sob gestão pública. Já funções como limpeza, lavanderia, recepção e manutenção — os chamados “bata cinza” — serão atribuídas à iniciativa privada.

“Estamos tratando de um modelo inovador, que não é concessão. O Estado permanece como garantidor do SUS e do atendimento gratuito e universal”, disse o presidente da Assembleia, Gerson Claro (PP). “A reunião foi produtiva. É mais uma etapa importante com participação da sociedade e da Casa nesse projeto que pode transformar a saúde no Estado.”

Riedel afirmou que o modelo foi elaborado ao longo de dois anos, com base em dados técnicos e participação popular. Segundo ele, o objetivo é ampliar o acesso da população a atendimentos de média e alta complexidade em todas as regiões de Mato Grosso do Sul.

“É uma proposta que prioriza eficiência, qualidade e acesso. Nosso compromisso é regionalizar o atendimento, fortalecer a rede pública e atender os 79 municípios de forma equilibrada”, afirmou o governador.

A regionalização da saúde inclui a ampliação e modernização das macrorregiões hospitalares:

  • Cone Sul, com o Hospital Regional de Dourados;

  • Costa Leste, com o Hospital Magid Thomé, em Três Lagoas;

  • Pantanal, com um novo hospital em Corumbá;

  • Fronteira, com melhorias em Ponta Porã;

  • Região Central, com reforço na estrutura da capital.

Campo Grande, que já concentra boa parte da demanda hospitalar do Estado, continuará como polo de referência, mas com apoio de uma rede descentralizada.

Durante o encontro, os deputados puderam conhecer os detalhes do projeto, fazer questionamentos e acompanhar as justificativas técnicas da proposta. A partir de agora, a iniciativa entra em nova fase de discussão, com foco no trâmite legislativo e nos mecanismos de controle e transparência.

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