Mato Grosso do Sul confirmou mais nove casos do subclado K do vírus Influenza A (H3N2), conhecido como Gripe K. Com isso, o Estado passa a registrar 12 casos confirmados da variante, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Os novos registros reforçam o alerta das autoridades de saúde para a importância da prevenção, especialmente neste período de maior circulação de vírus respiratórios.

Os pacientes são moradores de Campo Grande, Costa Rica, Nioaque, Ponta Porã e Três Lagoas. As idades variam de apenas 3 meses até 87 anos, atingindo bebês, crianças, adultos e idosos, o que demonstra que o vírus pode infectar pessoas de todas as faixas etárias.

De acordo com a SES, os nove casos mais recentes seguem em investigação epidemiológica, procedimento de rotina que permite acompanhar a circulação do vírus, identificar possíveis cadeias de transmissão e orientar ações de prevenção e controle.

A secretaria esclarece que a Influenza A (H3N2) não é um vírus novo e já circula regularmente no Brasil. Pessoas com sintomas gripais ou com síndrome respiratória aguda grave podem estar infectadas por diferentes agentes, como Influenza A (H1N1 ou H3N2), Influenza B, covid-19 ou outros vírus respiratórios.

A chamada Gripe K é identificada por meio de sequenciamento genético, uma ferramenta da vigilância laboratorial que permite detectar subclados e acompanhar possíveis mutações do vírus. No Brasil, o subclado K foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2025 por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, após monitoramento internacional.

Até o momento, não há evidências de que a Gripe K cause quadros mais graves do que outras variantes da Influenza A (H3N2). No entanto, as autoridades observam uma circulação mais intensa e antecipada do vírus, o que tem contribuído para o aumento de atendimentos e internações por síndrome respiratória.

Sintomas e quando procurar atendimento

Os sintomas da Gripe K são semelhantes aos da gripe comum e incluem febre, dores no corpo, tosse, coriza, dor de garganta e cansaço. A orientação é ficar atento a sinais de agravamento, como falta de ar, febre persistente, prostração intensa ou piora rápida do quadro clínico. Nesses casos, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente.

A SES reforça medidas simples, mas eficazes, para reduzir o risco de contágio:

• Lavar as mãos com frequência, usando água e sabão ou álcool em gel

• Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar

• Evitar contato próximo com pessoas gripadas

• Manter ambientes bem ventilados

• Evitar aglomerações quando estiver com sintomas respiratórios

Vacinação segue como principal proteção

A vacinação contra a influenza continua sendo a principal forma de prevenir casos graves, internações e óbitos, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades. Em 2025, a vacina contra a gripe é aplicada em dose única anual e segue disponível para os grupos prioritários que ainda não se imunizaram, além de integrar o calendário de rotina para crianças, idosos e gestantes.

As autoridades de saúde reforçam que, diante do aumento de casos, manter a vacinação em dia e adotar os cuidados preventivos é essencial para proteger a saúde individual e coletiva em Mato Grosso do Sul.