A Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmou, nesta terça-feira (8), o nono morcego infectado pelo vírus da raiva em Campo Grande em 2025. O animal foi recolhido na região do bairro São Francisco, e o caso reacende o alerta sobre a circulação do vírus na área urbana.
De acordo com a CCZ, o número de solicitações para recolhimento de morcegos vem crescendo nos últimos meses — o que, por consequência, aumenta a detecção de casos positivos. Em nota o órgão afirma que a situação não exige pânico, mas atenção. “Esta informação é apenas um alerta para que a população tenha ciência de que o vírus da raiva está presente em nosso meio e que devemos ter o devido cuidado ao nos depararmos com um morcego em situação atípica”.
A raiva é uma doença fatal, e morcegos contaminados — mesmo os frugívoros — podem transmiti-la acidentalmente a outros mamíferos, incluindo animais domésticos e humanos. A orientação é clara: qualquer morcego encontrado caído deve ser tratado como suspeito.
Vacinação é a principal prevenção
A forma mais eficaz de prevenção continua sendo a vacinação de cães e gatos, que são os principais vetores de transmissão entre morcegos e humanos. Até o momento, não há uma região específica de maior incidência em Campo Grande, por isso o alerta vale para toda a cidade.
Ao encontrar um morcego caído — vivo ou morto — a recomendação é não tocar no animal e acionar a CCZ pelos telefones (67) 3314-5000 ou (67) 2020-1794.
O que fazer (e o que não fazer)
Em caso de contato direto com morcego, procure imediatamente uma Unidade de Saúde.
Não tente capturar morcegos em locais altos, desalojar colônias ou higienizar espaços infestados — esses serviços não são prestados pela CCZ.
Nunca mate morcegos em voo ou abrigados, pois a espécie tem papel ecológico essencial e seu extermínio é crime ambiental.