A primeira diretoria do recém-criado Fórum Brasileiro das Academias Estaduais de Letras – que reúne as Academias Estaduais de Letras do país, entre elas a Sul-Mato-Grossense –, tomará posse hoje, às 16h, em cerimônia a ser realizada no Salão Nobre da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. Além de autoridades e convidados especiais estarão presentes na ABL representantes da maioria das oficiais Academias Estaduais de Letras do país, entre eles o imortal Henrique de Medeiros, da ASL, sul-mato-grossense que foi eleito como primeiro presidente da instituição nacional.
Segundo Henrique, que participou pela Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (da qual também é presidente) da criação do Fórum em Campo Grande – MS e sua solidificação em Belém – PA, “o objetivo é “unir, fortalecer e fomentar as Academias Estaduais de Letras, que são as oficiais e tradicionais do país, promovendo a língua portuguesa, as letras e a cultura”. Para o acadêmico, o Fórum, que tem “a presença e o aval da Academia Brasileira de Letras na Diretoria, tem todas as condições de agregar ainda mais os setores culturais dos estados brasileiros”.
O Fórum, que pretende ser uma referência na literatura nacional, foi criado nos congressos realizados pelas 27 Academias Estaduais nas cidades de Campo Grande (MS) e Belém (PA), e terá sede em São Paulo (SP). A nova instituição vem para solidificar a construção do trabalho feito ao longo de anos pelas Academias em prol da cultura, em especial da literatura, estabelecendo uma conexão através da troca de experiências entre as entidades e seus membros e realizações de projetos em conjunto.
A primeira diretoria, eleita no Congresso em Belém, terá como presidente Henrique de Medeiros (Academia Sul-Mato-Grossense de Letras) – a presidência honorária do Fórum será sempre do presidente em exercício da Academia Brasileira de Letras, atualmente o imortal Merval Pereira –, como vice-presidente Antonio Penteado Mendonça (Academia Paulista de Letras), como secretário Ernani Buchmann (Academia Paranaense de Letras), e como tesoureiro Airton Ortiz (Academia Rio-Grandense de Letras).
Para Antonio Penteado Mendonça, “as Academias têm muito a contribuir para a difusão da leitura e a importância da literatura na formação da identidade e desenvolvimento do pensamento nacional”. Para Ernani Buchmann, “a integração das Academias Estaduais de Letras retoma o sonho iniciado em maio de 1936, com a criação da Federação das Academias de Letras do Brasil, que infelizmente teve vida efêmera”” E para Airton Ortiz “o Fórum Nacional é um estímulo para que sejam criados os fóruns estaduais, unindo as academias municipais, capilarizando o movimento e fortalecendo o trabalho em prol do livro e da leitura”.
O imortal e cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, Arno Wehling, representou a instituição no Congresso e na fundação do Fórum, que teve também as participações dos imortais da ABL Ricardo Cavaliere e Antonio Cícero. Arno Wehling afirmou ser “uma iniciativa extremamente relevante e que nós podemos associar a aspectos fundamentais da vida das nossas instituições, e eu diria que basicamente isso se refere a estreitar laços de natureza pessoal e de natureza institucional entre cada uma das Academias, um esforço coletivo em prol da Literatura, das humanidades e da figura do escritor e um lugar de debate permanente das questões que interessam a todas as nossas instituições”.
A primeira diretoria do Fórum também é composta por Márcia Maria de Jesus Pessanha (Academia Fluminense de Letras), como segunda-secretária, e Alberto Rostand Fernandes Lanverly de Melo (Academia Alagoana de Letras), como segundo tesoureiro. No Conselho Fiscal estão Lélia Pereira da Silva Nunes (Academia Catarinense de Letras), Flávio Quinderé (Academia Paraense de Letras) e Leide Câmara (Academia Norte-rio-grandense de Letras), com suplentes Zózimo Tavares (Academia Piauiense de Letras) e Cecy Lya Brasil (Academia Roraimense de Letras).