Do canto dos pássaros ao esturro da onça. Uma mistura de jazz contemporâneo com os sons das águas, da mata e dos bichos da região pantaneira de Mato Grosso do Sul. Assim surgiu o Pantanal Jam, um projeto musical apoiado pelo governo do estado que reúne vários artistas locais e o aclamado trombonista nova-iorquino Ryan Keberle.
Lançado nessa segunda-feira (15), em Campo Grande, o projeto transforma a paisagem sonora viva do Pantanal em jazz, unindo arte, fauna e consciência ambiental. A maior planície alagável tropical do mundo e Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO é a grande inspiração.
Com um crescimento consistente, destacado pelo governador Eduardo Riedel, Mato Grosso do Sul é cada vez mais atrativo nas áreas de cultura e turismo. “Esse projeto especificamente é mais um canal, mais um vetor de levar de uma forma leve e artística tudo que a gente tem de melhor, que é o nosso Pantanal, essa biodiversidade”.
Imersos em um ecossistema vibrante, os músicos transformaram cantos de aves, vocalização de animais e o fluxo das águas em motivos para nove composições. Interpretado pelo premiado grupo instrumental brasileiro Urbem (Gabriel Basso, Ana Ferreira, Bianca Bacha e Sandro Moreno) ao lado do trombonista nova-iorquino Ryan Keberle, Pantanal Jam foi gravado no coração do Pantanal sul-mato-grossense após um ano de pesquisa de campo e captação de sons.
“Você levar a quantidade de equipamentos que nós levamos, um ‘staff’ de mais de cinquenta pessoas pra dentro do Pantanal, quatro dias de gravação. Tinha que ser ao vivo, porque o jazz é ao vivo, ele não se repete. Foi uma grande operação, só isso já foi inovador. Todo o processo de conservação que Pantanal tem. O seus projetos para dentro desse movimento e produzir os sons do Pantanal. Os bichos são os protagonistas. É uma forma que a gente tem de devolver o que a natureza tem trazido pra gente. O Pantanal Jam tem essa pegada. Escutá-lo pode ajudar inclusive projetos de conservação”, explica o diretor-presidente da Fundação de Turismo de MS, Bruno Wendling.
Inspirado em pesquisadores da Universidade de Harvard e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que vinham registrando os sons do Pantanal para projetos de música acadêmica contemporânea, o Urbem reinterpretou essa ideia sob a ótica do jazz, fazendo dos sons reais da região os verdadeiros motivos de suas composições e arranjos. E a Fundação de Turismo de MS deu visibilidade a esta inspiração, transformando o projeto numa poderosa campanha de divulgação deste importante território brasileiro.
Conectando arte, cultura e sustentabilidade, no mês passado o Pantanal Jam chegou à Visit Brasil Gallery, em Nova York, convidando o público a vivenciar o pulsar da da maior área alagável do planeta. A mensagem da campanha ‘Sons do Pantanal’ é clara: escute a vibrante e pulsante natureza, deixar o som levar aos belos destinos de Mato Grosso do Sul e à conservação do Pantanal. O projeto conta com um álbum musical especial, além de documentário e vídeo de divulgação. Todo o conteúdo é gratuito e está disponível no site pantanaljam.com.br.
Danielly Escher, Comunicação Governo de MS
Fotos: Bruno Rezende/Secom








