O projeto Retalhos com Amor, lançado em fevereiro deste ano e idealizado pelo vereador Ronilço Guerreiro, encerrou as atividades de 2023 nesta quinta-feira (30) com 15 servidores da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande e também a comunidade que precisou de atendimento psicossocial.
Voltado à defesa da vida, para fortalecer a autoestima e a solidificar os valores que sustentam o desenvolvimento psicossocial dos servidores, o projeto foi desenvolvido pela Coordenadoria de Psicossocial e Assistência Educacional (CPAE) da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Portanto, o Retalhos com Amor foi desenvolvido em três eixos, sendo a consciência corporal, trabalho de habilidades manuais e roda de conversa.
De acordo com a coordenadora do CPAE, Alelis Izabel de Oliveira Gomes, a cada 15 dias um grupo se reunia para realizar um trabalho artesanal. “Fazer uma colcha de retalhos, um fuxico, almofada, enfeites de natal. As pessoas atendidas, começavam o trabalho aqui e terminavam em casa, porque quando uma pessoa tem depressão precisa ocupar a mente. Este ano foi de experiência, foi muito positivo”.
Para 2024, a ideia é ampliar o projeto para as setes regiões de Campo Grande. “Queremos ir para o bairro, fazer parceria com associação de moradores. Tivemos também a parceria com a subsecretaria de Política para Mulher que trouxe as instrutoras”.
Segundo a subsecretária de Política para Mulher (Semu), Carla Stephanini, é preciso tratar os servidores para que estes trabalhem bem para atender os alunos. “O primeiro sinal onde o aluno vai dar que alguma coisa não está bem é na escola, então os servidores precisam estar com o psicológico bom para conseguir acolher a criança que precisa”.
Sônia Regina Pereira Cabral de Oliveira, é trabalhadora do lar e conta que soube do projeto através da Alelis. “Como eu precisava de ajuda psicológica, a Alelis me acolheu. Moro no Estrela Dalva e nunca faltei um dia. O projeto faz as pessoas mudarem os pensamentos ruins e preencher o vazio que temos”.
Professora da Reme que terá o nome preservado, afirmou que o projeto foi importante no momento em que mais precisou. “Quando estava angustiada, que não tinha mais nada de bom na minha mente, o projeto me acolheu, eu aprendi a fazer vários tipos de artesanatos e isso aumentou minha autoestima, me fez repensar como mulher e pessoa da sociedade e como posso contribuir mais dentro de sala de aula”.