As vendas de máquinas agrícolas e de construção voltaram a apresentar queda expressiva em novembro.
O desempenho negativo vem sendo atribuído à cautela de produtores no campo por conta da instabilidade climática, além dos juros altos e a espera pelas obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Conforme dados levados para a apresentação mensal de resultados da Anfavea, associação que, além das montadoras de automóveis, representa fabricantes de tratores, as vendas de máquinas agrícolas recuaram 29,1% em novembro frente ao mesmo mês de 2022. Somaram 3,7 mil unidades entre tratores de rodas e colheitadeiras de grãos. Na margem, ou seja de outubro para novembro, as vendas de máquinas agrícolas tiveram queda de 25,6%.
Com isso, o setor acumulou vendas de 53,2 mil unidades nos onze primeiros meses do ano passado, 13,3% a menos do que o total de igual período de 2022.
Por sua vez, as entregas de máquinas de construção, como retroescavadeiras, pás-carregadeiras e motoniveladoras, caíram 15,5% no comparativo interanual de novembro, para 2,4 mil unidades. Frente a outubro, esse número representa uma alta tímida de 2,7%. De janeiro a novembro, 27,8 mil máquinas de construção, também chamadas de máquinas rodoviárias, foram vendidas no Brasil, uma queda de 23,5%.
Os números apresentados pela Anfavea são de levantamentos realizados por outras duas entidades: a Fenabrave, que representa as concessionárias e divulga mensalmente as vendas de máquinas agrícolas; e a Abimaq, entidade da indústria de bens de capital, que acompanha também todo mês os resultados das máquinas de construção.
Os dados têm defasagem de um mês em relação às estatísticas de veículos divulgadas hoje pela Anfavea, já referentes a dezembro.