O plantio de soja em Mato Grosso está praticamente concluído. O último relatório do Imea indica que cerca de 99% da área já foi semeada, mas, segundo Lucas Beber, presidente da Aprosoja MT, esse número oculta desafios enfrentados no campo.
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Beber ressalta que muitos municípios ainda registram replantios, reflexo do comportamento irregular das chuvas. “Em Nova Xavantina, por exemplo, um produtor ainda não havia conseguido iniciar o plantio. Ele tentou semear no início de novembro, mas precisou refazer a operação e agora aguarda novas precipitações, pois o volume de chuva não foi suficiente para garantir uma boa germinação”, explica o presidente.
O estado enfrenta, segundo Beber, um problema sério de estande e distribuição de plantas, agravado pelo baixo volume pluviométrico. “Em várias regiões, é possível observar lavouras com soja murchando ou plantas pouco desenvolvidas, evidenciando o déficit hídrico”, acrescenta.
O presidente da Aprosoja também destacou um fenômeno que tem frustrado os produtores ao longo da safra: a formação de nuvens que indicam chuva, mas que não precipitam. Para ele, trata-se de um dos anos mais atípicos já registrados. “Desde 2016 não vivíamos um cenário tão desafiador. Talvez este seja o ano mais difícil para a soja em Mato Grosso dos últimos tempos”, comenta.
A preocupação não se limita à soja. Beber alerta que, devido aos atrasos e replantios, “teremos impactos significativos também na segunda safra de milho”, que deverá começar mais tarde em grande parte do estado.
A Aprosoja reforça seu compromisso de proximidade com o produtor. “Enquanto muitos relatórios de mercado apresentam dados de origem desconhecida, a Aprosoja Mato Grosso vai até a lavoura, observa a realidade e conversa com quem está vivenciando o problema”, afirma Beber.
Para ele, essa presença em campo é essencial. “Nosso compromisso é com a transparência e com o produtor. Estar na lavoura, ver e sentir a realidade ao lado dele faz toda a diferença”, conclui Lucas Beber.








