domingo, 5 de outubro de 2025

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Setor produtivo alerta governo sobre riscos da importação de banana do Equador

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na última terça-feira (30), de reunião com os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para tratar dos riscos da importação de banana do Equador. O encontro foi articulado por associações do setor, como Conaban, Abanorte, Abavar e Febanana.

Os produtores demonstraram preocupação com a possibilidade de entrada da praga quarentenária Fusarium oxysporum f. sp. cubense raça tropical 4 (TR4), ausente no Brasil. Segundo informações apresentadas, a doença ameaça variedades do grupo Cavendish, como banana nanica e banana prata, principais cultivos e consumos nacionais.

Representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em reunião com os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, Foto: Divulgação/CNA.

As entidades ressaltaram a importância da participação do setor produtivo e de instituições de pesquisa nas Análises de Risco de Pragas (ARP), apontando riscos diretos, como o fruto ser fonte de inóculo, e indiretos, por contaminação via embalagens, pallets e caixarias.

Banana do Equador: tema exige prevenção, diz CNA

Em comunicado à imprensa, a assessora técnica da CNA, Letícia Barony, disse que o tema exige medidas rigorosas de prevenção. “A gravidade da situação se intensifica diante da inexistência de materiais genéticos resistentes à TR4 e da falta de tratamentos eficazes. Trata-se de uma doença de solo que, uma vez presente, torna a área imprópria para o cultivo da fruta pela ausência de tratamento”, afirmou.

Ela destacou que a CNA já enviou ofício ao Ministério da Agricultura sobre o assunto e lembrou que a cadeia produtiva nacional tem mais de 200 mil produtores, sendo mais de 80% da agricultura familiar. “Gerando um enorme desafio para o Ministério da Agricultura e grande insegurança para os produtores”, disse.

Os ministros reafirmaram que as análises de risco serão conduzidas com apoio da Embrapa e participação do setor produtivo. Segundo eles, caso seja identificado risco de ingresso de pragas quarentenárias, o mercado não será aberto.

Também participaram da reunião o senador Jaime Bagatoli, os deputados Jorge Goetten e Nilto Tatto, além de prefeitos e vereadores.

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