segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Sem chuva, prejuízos avançam no milho e na soja no Rio Grande do Sul

A estiagem volta a preocupar produtores do Rio Grande do Sul. Embora a previsão indique chuva para os próximos dias, agricultores da metade norte do estado relatam mais de 20 dias de tempo seco, com prejuízos expressivos principalmente no milho em fase de floração e na soja recém-implantada.

Algumas lavouras já apresentam perdas consolidadas, cenário que se repete pela sexta safra consecutiva em diversas localidades. As imagens registradas mostram áreas severamente comprometidas, refletindo o agravamento da situação.

Os maiores danos estão concentrados no milho, que já entrou na colocação de espigas. Mesmo com o retorno das chuvas, essa fase é sensível e não permite recuperação do potencial produtivo. Já a soja recém-semeada também sofre com a falta de umidade, atrasando manejos essenciais.

Em Sarandi, o produtor, Lauri Cescon, explica que a última chuva significativa ocorreu entre os dias 15 e 16 de novembro. “Já passam de 20 dias sem chuva. O milho está em floração e bastante comprometido. A lavoura de milho já passando da floração, inclusive ele não espera e comprometeu bastante”, afirma.

Na plantação de soja mais precoce, Cescon descreve plantas menores do que o esperado para o período. “Ela já deveria estar maior, então acredito que já tem perca, mas a soja se recupera melhor que o milho”, destaca.

Além da estiagem, os produtores enfrentaram episódios de granizo no início da safra, atingindo trigo, milho e soja. Em algumas propriedades, o replantio foi inevitável. “Em áreas onde colhemos o trigo, não conseguimos plantar ainda. Está muito seco, não tem como plantar”, relata Cescon.

Agora, a expectativa é por chuva contínua e tranquila, sem novos eventos extremos. “Este ano está complicado”, relata o produtor, que aguarda condições para retomar os manejos e reduzir os impactos na safra.

www.canalrural.com.br