domingo, 22 de dezembro de 2024

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Seguro rural: valor depende de arcabouço fiscal, diz Tebet

Na terça-feira (15), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participou da reunião semanal da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

No encontro, o presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), destacou a importância do seguro rural como uma prioridade.

Lupion enfatizou que os recursos destinados a essa modalidade, cerca de R$ 500 milhões, já se esgotaram e destacou a necessidade de um investimento adicional de R$ 1,5 bilhão para atender às demandas.

“Há alguns meses nós apoiamos o arcabouço porque precisávamos de R$ 25 bilhões para equalizar os juros do Plano Safra e acredito que fizemos nossa parte. Agora, é com o Governo Federal no cumprimento das negociações”, disse.

Para a ministra Simone Tebet, o recurso para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) depende de alguns fatores, e por isso mesmo, ela pediu um voto de confiança à bancada.

Para ela, as alterações no arcabouço fiscal, feitas pela Câmara dos Deputados, foram bem-vindas, mas limitaram alguns gastos.

“O seguro rural depende de alguns fatores e foi o que eu vim pedir aqui na FPA em relação ao arcabouço. Com ele aprovado da maneira que imaginamos, entregando a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a Lei Orçamentária Anual e o Plano Plurianual, poderemos ter mais negociações a partir de 1º de setembro”, afirmou a ministra.

Apesar de entender que o prazo para uma suplementação do seguro rural possa ser limitado, a ministra reconhece a contribuição crucial do setor agropecuário para o país e se comprometeu a envidar esforços para impulsionar os próximos passos da economia.

“Sou do setor e já estive aqui na FPA, por isso tenho sensibilidade aos interesses do agro, que sustenta praticamente sozinho a economia do país há muito tempo. Sabemos o que o agro faz com a geração de emprego, renda, receita e PIB do Brasil. Digo que a partir de 1º de setembro as coisas vão mudar para melhor”, prometeu.

Leite

Os membros da bancada também discutiram a crise do leite no país.

O presidente da FPA suspeita até mesmo de dumping, que ocorre quando uma empresa vende produtos em um mercado estrangeiro por um preço abaixo do valor justo.

“Nosso mercado foi inundado de leite argentino e uruguaio, além de uma suspeita de dumping de leite da Nova Zelândia. Temos acordos com o Mercosul e, obviamente, os ministérios estão conversando a respeito disso, mas é fundamental proteger o nosso produtor rural e a nossa economia. É um problema cíclico que precisa ser encerrado”, disse Pedro Lupion.

A ministra Simone Tebet corroborou as preocupações de Lupion e ressaltou que as atitudes já estão sendo tomadas.

“Teremos notícias boas a respeito do leite e derivados nos próximos dias, inclusive sobre a exclusão de alguns produtos em relação ao Mercosul. Tivemos uma reunião muito recente, que envolveu também o vice-presidente Geraldo Alckmin, mas posso garantir que isso será solucionado”, afirmou Tebet.

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