A primeira sinalização para o quadro de oferta e demanda de soja dos Estados Unidos, divulgada pelo Departamento de Agricultura Norte-Americano (USDA) no dia 10 de maio, adicionou pressão ao já baixista cenário fundamental para o grão. Com isso, as indicações são de safra e estoques finais em 2024/25 maiores.
O relatório indicou que a safra daquele país deverá ficar em 4,450 bilhões de bushels na próxima temporada, o equivalente a 121,1 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52 bushels por acre (58,3 sacas). O número superou a expectativa do mercado de 4,43 bilhões ou 120,6 milhões de toneladas.
Estoques finais
Os estoques finais estão projetados em 445 milhões de bushels ou 12,11 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 432 milhões de bushels ou 11,76 milhões de toneladas.
O USDA está estimando exportações de 1,825 bilhão de bushels e esmagamento de 2,425 bilhões de bushels. Estes foram os primeiros números para a atual temporada.
Já os estoques finais para 2024/25 estão estimados em 128,5 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 120 milhões de toneladas e da estimativa para 2023/24, de 111,78 milhões – mercado esperava número de 112,4 milhões.
Safra mundial de soja
O USDA projetou safra mundial de soja em 2024/25 de 422,26 milhões de toneladas. Para 2023/24, a previsão é de 396,95 milhões de toneladas.
Para a produção brasileira, o USDA reduziu a estimativa de produção de 154 milhões de toneladas, contra 155 milhões do relatório anterior e 152,6 milhões da previsão do mercado. A
primeira estimativa para 2024/25 é de 169 milhões de toneladas.
Para a Argentina, a previsão para 2023/24 foi mantida em 50 milhões de toneladas, contra expectativa de 49,5 milhões do mercado. Para 2024/25, a estimativa inicial é de 51 milhões de
toneladas.
As importações chinesas em 2023/24 foram mantidas em 105 milhões de toneladas. Para a próxima temporada, a previsão é de um número subindo para 109 milhões de toneladas.