Durante o Fórum Soja Brasil Cotricampo, realizado em Campo Novo, no Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (19), o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, destacou que o Rio Grande do Sul tem enfrentado um calor intenso, com chuvas escassas, o que resultou em restrição hídrica em várias lavouras. Apesar de algumas chuvas no último final de semana, o mapa de umidade do solo indica que ainda há áreas, especialmente na região Oeste, com níveis abaixo de 40%, necessitando de mais precipitação.
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Veja como o fica o tempo nas lavouras de soja
Nos próximos cinco dias, a tendência é de tempo firme, com chuvas moderadas previstas para a região Norte, incluindo a Noroeste, mas sem grandes volumes. Entre 24 e 28 de fevereiro, a chuva deve retornar gradualmente, com acumulados que podem ultrapassar os 80 mm em cinco dias. Essa precipitação ajudará a repor a umidade do solo, especialmente em Campo Novo, onde se espera mais de 100 mm de chuva nos próximos dias, permitindo a recuperação do solo para a semeadura.
Com o retorno das chuvas, a previsão é de que a temperatura se normalize, evitando os extremos de calor que chegaram a atingir 34°C e 35°C recentemente. Para março, a expectativa é de um clima mais chuvoso, com acumulados superiores a 100 mm em 30 dias, beneficiando tanto a umidade do solo quanto a semeadura das lavouras de inverno. A temperatura deve se manter em patamares mais agradáveis, com máximas entre 23°C e 25°C.
La Niña
A tendência é que o fenômeno La Niña, que está perdendo força, contribua para um outono e inverno mais quentes do que a média, embora ainda seja possível ocorrerem pulsos de frio, especialmente no final de junho e início de julho. Nesses períodos, as temperaturas podem cair abaixo de 10°C, mas sem grandes quedas.
Para junho, a previsão é de chuvas abaixo da média, com acumulados entre 70 mm e 80 mm em 30 dias, o que não deverá impactar a colheita da safra de verão, cujas perdas já foram consolidadas devido à onda de calor. Já para a próxima safra, a projeção é de neutralidade no fenômeno El Niño-La Niña, o que deve garantir uma primavera tranquila e chuvas dentro da normalidade, oferecendo boas condições para o produtor gaúcho.