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Recebimento pela indústria nacional de cacau cai 31% no 1º trimestre

A indústria processadora de cacau no Brasil recebeu 18,7 mil toneladas do produto no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde a uma queda de 31% em comparação com igual período de 2023 (27,2 mil t). Os dados foram compilados pelo SindiDados – Campos Consultores, e divulgados pela Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC).

A presidente-executiva da AIPC, Anna Paula Losi, disse em nota que “no primeiro trimestre de todo ano já é esperado um volume menor de recebimento, mas este ano a queda foi de mais de 30% comparado com 2023, e essa redução se deve principalmente aos impactos do El Niño e de doenças como a vassoura-de-bruxa e podridão parda”.

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Já a moagem de cacau no país teve um recuo de 6% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2023. O volume industrializado de amêndoas foi de 59,9 mil t nos três primeiros meses de 2024, ante 64 mil t do ano passado.

“A redução na moagem está ligada à queda no recebimento de amêndoas no período. De todo modo, o volume de moagem deste trimestre ainda é superior à média do primeiro trimestre dos últimos 3 anos”, explicou Losi.

A Bahia foi responsável por pouco mais de 61% do volume total de amêndoas nacionais recebidas pela indústria processadora no primeiro trimestre de 2024, totalizando 11,4 mil toneladas. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o volume fornecido pelo Estado foi de 13,9 mil toneladas, houve um recuo de aproximadamente 18%.

O Pará, por sua vez, foi responsável por 32%% do volume recebido, totalizando 5,8 mil toneladas, uma queda de quase 50% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o recebimento foi de 11,6 mil toneladas.

Espírito Santo (1.273 toneladas) e Rondônia (156 toneladas) foram responsáveis por 7% do volume total recebido no primeiro trimestre do ano de 2024, mantendo-se estáveis frente aos valores de 2023.

A importação de amêndoas de cacau e a exportação de derivados tiveram queda no primeiro trimestre de, respectivamente, 56% e 23%. Já a exportação de amêndoas de cacau ficou praticamente estável, passando de 71 toneladas para 87 toneladas.

Entre janeiro e março deste ano, o volume importado de amêndoas de cacau foi de 15 mil toneladas, ante 34 mil toneladas importadas no mesmo período de 2023. Losi informou que “a importação de amêndoas de cacau atende as necessidades dos clientes internacionais e, com a perspectiva de melhora contínua na produção interna, a tendência é que esse volume continue reduzindo. O nosso principal mercado de destino de derivados é a Argentina, que, em virtude do momento econômico, tem diminuído o volume importado. Neste trimestre, comparado com o mesmo período do ano passado, a queda foi de mais de 35%. Esse fator também acaba causando impacto na importação”.

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