O PMGZ Carne, programa desenvolvido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), acaba de comprovar a superioridade da genética zebuína melhoradora na cadeia produtiva da carne.
Um abate recente de 60 animais da raça nelore da ACN Agropecuária, filhos de 22 touros PO diferentes, registrou médias de desempenho e qualidade que superam amplamente os índices observados no mercado de frigoríficos.
Com apenas 22 meses de idade, o lote de animais em confinamento demonstrou uma performance zootécnica notável, reforçando a eficiência da seleção genética. Confira os dados:
- Peso Final de Confinamento: 682,22 kg
- Carcaça: 377,96 kg
- Arrobas: 25,20 arrobas
- Rendimento de Carcaça: 58,59%
A média de 25,20 arrobas aos 22 meses está bem acima do padrão do mercado e reforça o potencial de retorno econômico do investimento em genética de ponta.
Qualidade da carcaça e rentabilidade comprovada
Os resultados de qualidade foram analisados pelo professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e consultor da ABCZ, Ricardo Brumatti, que confirmou a superioridade zootécnica e a competitividade econômica do lote. Os indicadores de carcaça reforçam o alto padrão de acabamento e marmoreio:
- Área de Olho de Lombo (AOL): 99,20 centímetros quadrados
- Espessura de Gordura Subcutânea (EGP8): 8,13 milímetros
- Nível de Marmoreio: 2,61
Ricardo Brumatti destaca que, com um custo médio de arroba de R$ 279,84, a ACN Agropecuária alcança indicadores de eficiência entre os melhores do setor. A análise detalhada revelou que o lote superior — correspondente a 30% dos animais — apresentou margens brutas acima de 12%, indicando uma forte oportunidade para a seleção contínua das melhores linhagens e o consequente aumento da rentabilidade.
Para a ABCZ, o resultado da ACN Agropecuária é mais uma evidência da relevância do PMGZ Carne. Segundo a associação, mesmo com a variabilidade genética de 60 animais, filhos de 22 pais diferentes, o ganho de produtividade foi expressivo.
“O PMGZ Carne vem demonstrando na prática os elevados ganhos em produtividade tanto no desempenho zootécnico quanto no romaneio de abate dos animais filhos de touros nelore PO. Ter ganhos expressivos bem acima da média resulta em mais dinheiro no bolso do pecuarista”, afirma Ricardo Abreu, gerente de fomento dos programas de melhoramento genético da ABCZ, em comunicado.
Também em comunicado, o pecuarista Anderson Carlos Nascimento, da ACN Agropecuária, atribui o sucesso ao investimento contínuo em genética e boa gestão. “O objetivo é que as nossas fêmeas possam parir um bezerro por ano, desmamar um bezerro pesado, somando isso à utilização de touros PO, seja por inseminação, transferência de embrião ou repasse. A meta é obter mais arrobas por hectare, que é o retorno do nosso investimento”.