O início da safra da soja 2024/25 no Brasil acumula incertezas. No Mato Grosso, por exemplo, produtores expressam preocupação com o impacto das altas temperaturas, focos de incêndio e a falta de umidade, condições que ameaçam o bom desenvolvimento das lavouras. Esse cenário traz um risco para a produção, que já enfrenta um possível atraso no plantio.
O especialista em agronegócio, Carlos Cogo, interagiu com internautas e abordou as principais dúvidas sobre o futuro da safra da soja e os impactos climáticos. Segundo Cogo, os números da produção brasileira do grão estão consolidados, com uma expectativa de safra de cerca de 145 milhões de toneladas. No entanto, os desafios climáticos podem afetar esses números, reforçando a necessidade de monitoramento constante.
Além disso, as previsões para os preços da soja também foram discutidas. No Paraná, por exemplo, foi questionada a projeção do valor da saca da soja para fevereiro de 2025. Cogo destacou que, devido ao atraso no plantio e ao cenário climático desfavorável, os preços podem sofrer quedas.
O especialista explicou que o prêmio sobre as cotações de Chicago, atualmente em torno de 80 a 90 centavos de dólar, tende a cair para cerca de 2 centavos no período de março, impactando diretamente no valor da saca, que deve recuar para valores entre R$ 126 e R$ 127.
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Momento ideal
Outro ponto levantado pelos internautas foi o melhor momento para a venda da soja e se o ideal para contratos futuros já havia passado. Cogo afirmou que, apesar de o momento mais oportuno poder ter passado, ainda há oportunidades devido às incertezas climáticas e ao fenômeno El Niño. A volatilidade do mercado pode trazer boas chances para produtores que souberem aproveitar os períodos de alta.
Também foi discutido o cenário de longo prazo para o mercado de grãos no Brasil, com perguntas sobre as restrições ao agronegócio e o impacto do marco temporal nas propriedades rurais. O especialista reconheceu que o setor enfrenta muitos desafios, incluindo a queda das margens e o ciclo de baixa das commodities, mas reafirmou que o Brasil continuará crescendo e se adaptando às condições do mercado.
O futuro da safra da soja, portanto, depende de uma série de fatores climáticos e econômicos que estão sendo monitorados de perto. Os produtores devem se preparar para um ano desafiador, mas com possíveis oportunidades de venda em momentos estratégicos.