Os preços do milho recuaram na maioria das regiões brasileiras acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) na última semana. A queda é reflexo da postura mais cautelosa dos compradores, que optaram por consumir os estoques armazenados e evitar novas aquisições no mercado spot – também conhecido como mercado à vista ou mercado físico para entrega imediata ou em um prazo muito curto, com o pagamento sendo realizado à vista. Existe uma expectativa de preços ainda mais baixos nos próximos dias.
De acordo com pesquisadores do Cepea, os demandantes que seguem ativos nas compras têm ofertado valores menores, o que reforça a pressão sobre as cotações do milho. Já do lado dos vendedores, muitos produtores estão concentrados nas atividades de campo e demonstram flexibilidade tanto nos preços quanto nos prazos para fechar novos negócios.
No campo, os trabalhos seguem em ritmo acelerado. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informa que a colheita da safra de verão já alcançou 65,5% da área nacional, superando a média dos últimos cinco anos, que é de 60,3%.
A semeadura da segunda safra de milho também foi finalizada, e agora as atenções se voltam para as condições climáticas. Após um período de tempo seco em março, produtores de estados como Paraná e Mato Grosso do Sul aguardam o retorno das chuvas para minimizar possíveis perdas nas lavouras.
O cenário atual exige cautela dos agentes do setor, que monitoram não apenas o comportamento da demanda, mas também os impactos do clima sobre o desenvolvimento da safrinha.