O mercado físico do boi gordo se depara com algumas negociações acima da referência média.
De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos, em especial os de menor porte, estão enfrentando um encurtamento de suas escalas de abate, o que força a realização de compras em patamares mais altos.
“Importante mencionar que esse movimento acontece de maneira comedida: as altas não acontecem de forma explosiva”, disse.
Para Iglesias, o fato de o Brasil ter sido declarado como território livre de febre aftosa sem vacinação nesta quinta-feira pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) vai possibilitar o acesso a mercados que compram boas quantidades de carne bovina e pagam preços elevados, a exemplo do Japão.
Cotações da arroba do boi gordo
- São Paulo: R$ 305,50
- Goiás: R$ 288,75
- Minas Gerais: R$ 287,35
- Mato Grosso do Sul: R$ 303,86
- Mato Grosso: R$ 300,26
Mercado atacadista
Os preços da carne bovina caíram no atado. Segundo Iglesias, para a primeira quinzena de junho, é possível que haja um melhor escoamento da carne.
“No entanto, o setor passa a se preocupar com o recente comportamento dos preços da carne de frango, que vem apresentando declínio. A expectativa para o ano corrente é que a população priorize o consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo da própria carne de frango, dos embutidos e ovos”, comentou.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,00 por quilo, queda de R$ 0,90. Já o quarto dianteiro foi cotado a R$ 18,50 por quilo, queda de R$ 0,50. Por fim, a ponta de agulha foi indicada a R$ 18,00 por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,48%, sendo negociado a R$ 5,6673 para venda e a R$ 5,6653 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6428 e a máxima de R$ 5,7028.