O mercado brasileiro de soja apresentou indicações aquecidas hoje, principalmente no porto. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Rafael Silveira, o dia foi marcado por um dólar com altas expressivas, enquanto a soja recuou na CBOT, mas não o suficiente para anular o efeito cambial nos preços. Os prêmios tiveram poucos ajustes, resultando em altas de preços na maior parte das regiões do país.
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Houve reporte de melhores movimentos na comercialização, tanto para quem ainda tinha soja disponível quanto para a safra nova. O resto da semana foi bem vagaroso, sem novidades e travado. Todos aguardam o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na próxima terça-feira, 9 de dezembro.
Preços de soja no Brasil
- Passo Fundo: subiu de R$ 137,00 para R$ 140,00
- Santa Rosa: subiu de R$ 138,00 para R$ 140,50
- Cascavel: manteve em R$ 136,00
- Rondonópolis: caiu de R$ 125,00 para R$ 123,00
- Dourados: manteve em R$ 126,00
- Rio Verde: subiu de R$ 127,00 para R$ 130,00
- Paranaguá: subiu de R$ 141,50 para R$ 144,00
- Rio Grande: subiu de R$ 144,00 para R$ 146,00
Chicago
Os contratos futuros da soja fecharam em baixa nesta sexta-feira na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Foi a primeira queda semanal em oito semanas, resultado da incerteza sobre o tamanho da demanda chinesa pelo produto americano. Os agentes já posicionam carteira à espera dos números de dezembro do USDA, que serão divulgados na terça-feira, 9 de dezembro.
O USDA informou vendas de cerca de 2,7 milhões de toneladas de soja dos EUA para a China desde 30 de outubro. Hoje foram anunciadas mais 462 mil toneladas vendidas para a China.
No fim de outubro, Washington e Pequim chegaram a uma trégua na disputa comercial que havia interrompido as compras chinesas de soja dos EUA. As compras totais da China seguem abaixo da meta de 12 milhões de toneladas mencionada por autoridades dos EUA.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, adiou o prazo para atingir essa meta para o fim de fevereiro, em vez do fim de dezembro.
O USDA deverá indicar elevação na projeção para os estoques finais dos Estados Unidos em 2025/26. Os dados para oferta e demanda americana e mundial serão divulgados na terça-feira, 9 de dezembro, às 14h.
Analistas indicam que os estoques americanos em 2025/26 deverão ficar em 309 milhões de bushels, contra 290 milhões previstos em novembro.
Quanto ao quadro de oferta e demanda mundial, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 123,4 milhões de toneladas. Em novembro, o número ficou em 123,3 milhões. A indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 122,8 milhões de toneladas, contra 122 milhões projetados em novembro.
Contratos futuros de soja
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 14,25 centavos de dólar, a US$ 11,05 1/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 11,16 por bushel, com retração de 12,75 centavos de dólar.
Nos subprodutos, a posição janeiro do farelo fechou com baixa de US$ 3,80 a US$ 307,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em janeiro fecharam a 51,69 centavos de dólar, com perda de 0,10 centavo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 2,33%, sendo negociado a R$ 5,4340 para venda e a R$ 5,4320 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2980 e a máxima de R$ 5,4850. Na semana, a moeda teve valorização de 1,86%








