Os preços da maçã nos principais mercados atacadistas caíram 11,84% no último mês, impulsionados pela colheita da variedade Gala, que aumentou a oferta da fruta nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, a comercialização não foi ainda maior porque as companhias classificadoras optaram por estocar parte da produção para evitar quedas mais acentuadas nos preços.
A tendência de redução também foi observada para a cenoura (-8,01%) e a banana (-3,59%), influenciada pela maior produção da variedade nanica em São Paulo e Santa Catarina. Já a laranja teve uma leve queda de 1,52%, devido à menor demanda da indústria de sucos, enquanto a batata registrou estabilidade, com uma leve alta de 0,95%.
Preços em alta!
Por outro lado, os preços da cebola, alface e tomate subiram no último mês. A cebola, com oferta concentrada na região Sul, ainda não recuperou totalmente as quedas do segundo semestre de 2024, mas apresentou elevação. Já a alface registrou alta expressiva de 24,94%, impactada por condições climáticas adversas, como ondas de calor e chuvas intensas em áreas produtoras de São Paulo. O tomate subiu 19,69%, embora os preços ainda estejam abaixo dos praticados em fevereiro de 2024.
Dentre as frutas, melancia e mamão ficaram mais caros devido à redução da oferta em importantes regiões produtoras, como Goiás, Espírito Santo e Bahia.
Exportações em alta
No cenário internacional, o início de 2025 foi promissor para o setor de frutas, com volume e faturamento recordes no primeiro bimestre. Foram exportadas 215 mil toneladas, um crescimento de 38% em relação ao mesmo período de 2024. O faturamento atingiu US$ 206,6 milhões (FOB), superando os números de 2024 e 2023. O desempenho foi impulsionado por produtos como melões, minimelancias, limões, limas e mangas, beneficiados por problemas climáticos na América Central, que abriram espaço para as frutas brasileiras no mercado externo.
Digitalização das Ceasas avança
O setor hortigranjeiro segue em transformação, com as Ceasas adotando e-commerce para otimizar a comercialização de frutas e hortaliças. A digitalização e a melhoria da logística estão acelerando as vendas online, garantindo reposição mais eficiente dos estoques e maior integração entre produtores e mercados consumidores.
O levantamento completo está disponível no 3º Boletim Hortigranjeiro 2025, publicado pela Conab.