sexta-feira, 4 de julho de 2025

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Preço do milho em MT se aproxima do mínimo da Conab, afirma Imea

O avanço da colheita da segunda safra em Mato Grosso tem pressionado os preços do milho no estado. As cotações voltaram a cair e se aproximam do piso oficial estipulado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço médio da saca no mercado disponível recuou para R$ 39,84 na semana passada, queda de 0,79% na comparação semanal. O valor se mantém acima da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), fixada em R$ 35,91 por saca para 2025, mas a diferença vem diminuindo semana após semana.

A colheita do milho em Mato Grosso avançou 12,99 pontos percentuais no período e já atinge 26,99% da área estimada. A produção total para o ciclo 2024/25 foi revisada para cima e agora é estimada em 50,38 milhões de toneladas, segundo o Imea.

O aumento da oferta, combinado a um cenário externo de baixa, amplia a pressão sobre as cotações no mercado interno.

A paridade de exportação para julho/25 recuou 4,79%, para R$ 36,16 por saca, reforçando o descolamento entre o mercado internacional e o preço praticado dentro da porteira.

Segundo o Imea, a leve alta do dólar não foi suficiente para compensar a queda nas cotações externas. A diferença de base entre o milho disponível em Mato Grosso e os contratos futuros em Chicago se manteve negativa, em US$ 14,10 por bushel.

O Imea destaca que, se o preço médio do milho em Mato Grosso continuar recuando e ultrapassar o limite inferior da PGPM, poderá haver acionamento de políticas públicas de suporte, como leilões de compra ou pagamento de prêmios.

No acumulado da safra 2024/25, Mato Grosso já comercializou 51,05% da produção estimada. Para a safra 2025/26, a comercialização atinge 5,83%.

Estoques públicos

O assunto foi abordado durante o lançamento do novo Plano Safra da Agricultura Familiar, na segunda-feira (30). Entre as medidas anunciadas, está a modernização da legislação que rege a atuação da Conab em momentos de oscilação de preços.

“Propusemos uma nova lei para a formação de estoques públicos, pois hoje a companhia só pode comprar quando o preço do mercado está abaixo do preço mínimo, e isso tem dificultado para alguns produtos a formação de estoques”, disse o presidente da estatal, Edegar Pretto, em nota.

“Os estoques públicos são tão fundamentais por isso: uma mão do governo que ajuda o produtor pagando um preço melhor, e auxilia o consumidor quando o preço subir nas prateleiras dos supermercados”, afirmou.

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