A falta de chuva e as altas temperaturas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e o excesso de precipitações no Sul trouxeram problemas para a safra 2023/24 de soja logo no início do ciclo.
Esse cenário fez com que a estimativa de produção fosse revista para baixo mês a mês. Hoje, a Agroconsult indica que a quebra supera 15,3 milhões de toneladas no Brasil, com queda produtiva em todos os estados.
Em setembro do ano passado, quando o vazio sanitário terminou na maioria das áreas do país, a consultora que organiza o Rally da Safra enxergava que o país poderia superar – e muito – o recorde obtido no ciclo 2022/23.
“Essa safra tinha potencial para ultrapassar 169 milhões de toneladas diante do aumento de área, do bom nível tecnológico utilizado no campo e do provável cenário de recuperação do Rio Grande do Sul que, na temporada anterior, deixou de produzir 8 milhões de toneladas”, diz o coordenador do Rally, André Debastiani.
Porém, esta safra registrou outro recorde – e nada desejado pelos produtores: maior replantio da história, com 2,9 milhões de hectares, sem contar as áreas abandonadas para dar lugar ao algodão.
Agora, a safra apontada pela Agroconsult é de 153,8 milhões de toneladas – 3,7% inferior à temporada passada, com uma produtividade média de 56,1 sacas por hectare (60 na safra 2022/23).
Neste mês de janeiro, as equipes técnicas do Rally da Safra 2024 iniciam, em campo, a avaliação das condições das áreas plantadas. As áreas visitadas respondem por 97% da produção de soja e 72% da área de milho.