terça-feira, 5 de agosto de 2025

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Líder mundial: 1 a cada 5 quilos de carne exportada é do Brasil. Entenda

Pecuaristas, a pecuária brasileira reafirma seu protagonismo na economia do país. Em 2024, a cadeia produtiva da carne bovina movimentou impressionantes R$ 987,36 bilhões, o que equivale a 8,4% do PIB nacional. Esse número representa um avanço de 5,4% em relação a 2023, ou 9,5% se não considerada a inflação.Assista ao vídeo e confira os detalhes desses dados.

Esses dados, que demonstram a força e a pujança do setor, foram detalhados no “Beef Report 2025“, uma publicação anual da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

O agrônomo e consultor de pecuária Maurício Nogueira, sócio-diretor da Athenagro, forneceu os insights sobre a publicação, que consolida as principais estatísticas da cadeia pecuária brasileira. Clique e baixe o relatório completo.

Recorde nas exportações e liderança mundial

carne bovina frigoríficos
Foto: Freepik

Um dos principais motores desse crescimento foi o desempenho histórico nas exportações. Em 2024, o Brasil alcançou um marco histórico, exportando 2,89 milhões de toneladas de carne bovina para 157 países.

O faturamento de US$ 12,8 bilhões foi o segundo maior da série histórica, representando um aumento de quase 22% em relação a 2023.

O relatório destaca que a carne bovina in natura foi o principal item de exportação, e a China se manteve como o maior destino, absorvendo 46% do volume exportado.

Com isso, o Brasil consolidou sua posição de líder mundial, sendo responsável por 21% da carne bovina comercializada internacionalmente, o que significa que 1 a cada 5 quilos de carne exportada no mundo é de origem brasileira.

Avanços em produtividade e sustentabilidade

Bovinos se alimentando com DDG no cocho. Foto: DivulgaçãoBovinos se alimentando com DDG no cocho. Foto: Divulgação
Bovinos se alimentando com DDG no cocho. Foto: Divulgação

O “Beef Report 2025” mostra que o crescimento do setor não se deu apenas pelo aumento da área, mas por uma evolução em produtividade e eficiência. A produção total de carne bovina atingiu 11,8 milhões de toneladas, o maior volume já registrado.

Paralelamente, a área de pastagem foi reduzida em 11% nas últimas duas décadas, enquanto a produtividade cresceu mais de 70%, passando de 2,8 para quase 5 arrobas por hectare/ano.

Essa conquista foi impulsionada, em grande parte, pelo recorde de 8,8 milhões de animais confinados em 2024. O relatório projeta que, nos próximos anos, esse número pode chegar a 13 ou 14 milhões de cabeças.

O modelo de produção se torna cada vez mais sustentável, alinhado a políticas como o Plano ABC+ e o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD).

Reconhecimento sanitário e rastreabilidade

Foto: Wenderson Araujo/CNA

A conquista do status de “livre de febre aftosa sem vacinação” pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) é um ponto crucial para o futuro do setor.

Esse reconhecimento consolida a confiança sanitária da pecuária brasileira e abre portas para mercados premium que exigem esse status.

O lançamento, em 2024, de um programa nacional de identificação individual de bovinos e bubalinos reforça o compromisso do Brasil com a rastreabilidade e a transparência em toda a cadeia produtiva.

A combinação de vigilância ativa, protocolos modernos e boas práticas garante à carne brasileira um dos melhores perfis sanitários do mundo.

Impacto econômico e projeções futuras

Agricultura familiar, Bahia, exporta, exportação, produtos, Portugal, contêiner, medida provisóriaAgricultura familiar, Bahia, exporta, exportação, produtos, Portugal, contêiner, medida provisória
Foto: Manu Dias/GovBA

O mercado interno continua sendo o principal consumidor, absorvendo cerca de 70% da produção nacional em 2024. As exportações de carne bovina representaram 42% do total de exportações da pecuária, um segmento que movimentou US$ 30,5 bilhões.

As projeções para os próximos anos são de crescimento sustentado, com a produção podendo atingir mais de 13 milhões de toneladas até 2034.

A pecuária brasileira está posicionada para continuar garantindo a segurança alimentar global, elevando a produtividade e reduzindo o impacto ambiental, consolidando-se como uma das mais eficientes e sustentáveis do planeta.

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