A safra brasileira 2024/25 encerrou oficialmente em junho de 2025 e com um fato que chama a atenção: o país registrou o menor volume exportado da série histórica da Secex (iniciada em 1997). Ainda assim a receita com os embarques foi recorde.
Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), avaliam que a turbulenta safra 2024/25 se encerra em um contexto de incerteza quanto à recuperação plena do consumo externo de suco.
Parte dos agentes de mercado consultados pelo instituto manifesta receio de que a demanda internacional não se restabeleça completamente , ora devido à estagnação do consumo, ora pelos efeitos ainda indefinidos dos aumentos tarifários implementados pelo governo Trump sobre produtos brasileiros.
Até o momento, pesquisadores do Cepea afirmam que o impacto da elevação de 10% nas tarifas acabou sendo minimizado pela oferta restrita do Brasil, que sustentou os embarques.
No entanto, permanece incerta a magnitude dos efeitos de um possível aumento tarifário para patamares de até 50% sobre o suco de laranja, especialmente diante da perspectiva de maior produção nacional nas próximas temporadas.
Assim, ainda conforme o centro de pesquisas, o acúmulo de divisas oriundas das exportações na temporada 2024/25 foi extremamente favorável, permitindo ao setor uma capitalização importante frente aos desafios futuros.
Na comparação com a safra anterior, a receita cresceu expressivos 28,4%, totalizando US$ 3,48 bilhões, um recorde.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo