O dono de uma fazenda foi multado em R$ 9.672.525 pela Polícia Militar Ambiental de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, por provocar um incêndio na região da Serra do Amolar, no Pantanal. O fogo, que começou no fim de janeiro, já consumiu quase 4 mil hectares.
Há oito dias, 18 brigadistas combatem o incêndio. O apoio aéreo, iniciado há cinco dias, auxilia no combate às chamas que, apesar de algumas chuvas, ainda persistem.
Imagens de satélite e análises de georreferenciamento confirmaram que o fogo começou na fazenda do produtor rural autuado.
Patrimônio universal da humanidade, a Serra do Amolar é conhecida pela rica biodiversidade.
Este foi o segundo incêndio no Pantanal em 2024. O primeiro ocorreu em Miranda, no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro. A situação é atípica para o período, pois janeiro e fevereiro costumam ter chuvas, reduzindo o risco de incêndios.
“As mudanças climáticas estão acontecendo. Um reflexo são esses incêndios, por exemplo, em janeiro, que é um mês comumente de chuvas na região. Porém, já atuamos em dois grandes incêndios este ano. E tivemos também na temporada de 2023, no mês de novembro, um crescimento absurdo dos focos de calor e incêndios aqui no estado. Então a gente está se preparando cada vez mais, para que no momento de resposta a gente consiga dar um melhor atendimento, mais rápido a este tipo de emergência”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no estado.