sexta-feira, 1 de novembro de 2024
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Importações de trigo voltam a crescer depois de três quedas consecutivas

As exportações de trigo do Brasil alcançaram um novo marco em 2024, conforme mostrado no quadro Boletim Agroexport, apresentado por Giovani Ferreira.

Desde o início do ano até a segunda semana de abril, as importações de trigo voltaram a registrar crescimento após três anos consecutivos de declínio. Ao mesmo tempo, o volume de exportação também apresentou um aumento significativo.

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O debate em torno das importações e exportações de trigo ganha relevância devido à relação histórica entre produção e consumo no Brasil. Apesar do país produzir menos trigo do que consome, a tendência é buscar a autossuficiência nesse setor, uma vez que o Brasil ainda não atingiu esse status no contexto global das commodities agrícolas.

Comparando os últimos cinco anos, observa-se uma mudança significativa nos números. A produção de trigo no país teve um crescimento expressivo a partir de 2022, elevando-se para cerca de 10 milhões de toneladas, enquanto as importações diminuíram. No entanto, a qualidade do trigo produzido no último ano foi afetada pelo clima desfavorável, resultando em um excedente de trigo de baixa qualidade.

Como consequência, uma parcela desse trigo, impróprio para panificação, está sendo exportada, enquanto o país importa trigo de melhor qualidade para suprir a demanda interna da indústria de panificação.

O recorde de exportação de trigo foi alcançado em 2022, com 3 milhões de toneladas exportadas, coincidindo com uma safra recorde de 10 milhões de toneladas. Para 2024, a expectativa é de uma produção próxima a 10 milhões de toneladas, e os dados até o momento sugerem que o recorde de exportação será superado, possivelmente ultrapassando as 3,7 milhões de toneladas.

Esse cenário reflete não apenas a dinâmica do mercado de trigo, mas também questões relacionadas à segurança alimentar e soberania nacional, destacando a importância de avançar rumo à autossuficiência nesse segmento.

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