Em um julgamento realizado na Filadélfia, nos Estados Unidos, um júri decidiu que a Bayer deve pagar US$ 2,25 bilhões a um morador da Pensilvânia que alega ter desenvolvido linfoma não-Hodgkin, tipo de câncer no sistema linfático, devido à exposição ao herbicida Roundup, um dos mais utilizados do mundo e que contém glifosato.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer classificou o glifosato como um “provável cancerígeno” em 2015.
John McKivision afirma que usou o Roundup em seu jardim por vários anos. O júri concluiu que a exposição ao herbicida foi a causa do câncer dele.
A Bayer contestou o veredicto, alegando que ele é contrário às evidências científicas e às avaliações regulatórias mundiais. A empresa disse que irá recorrer da decisão. Segundo a multinacional alemã, o Roundup e seu ingrediente ativo, o glifosato, são seguros para uso humano.
Essa é a sexta vitória consecutiva para os demandantes em casos relacionados ao Roundup nos Estados Unidos.
No total, a Bayer já foi condenada a pagar mais de US$ 16 bilhões em indenizações relacionadas ao produto. No entanto, a empresa já saiu vitoriosa em 10 julgamentos.
Em 2020, a Bayer destinou aproximadamente US$ 10 bilhões para encerrar cerca de 95 mil processos nos EUA relacionados ao herbicida Roundup. Cerca de 50 mil processos continuam em aberto.