Com o prazo final se aproximando para a regularização de imóveis com até 25 hectares, o georreferenciamento se consolida como uma exigência indispensável para a gestão moderna da propriedade rural. Quer saber se seu imóvel precisa ser georreferenciado e evitar dores de cabeça futuras? Assista ao vídeo e entenda todos os detalhes!
Apelidado de “RG da fazenda”, esse processo técnico confere identidade oficial ao imóvel ao mapear, com precisão, seus limites e localização.
Segundo o advogado Pedro Puttini Mendes, especialista em direito agrário e ambiental, o georreferenciamento não é exigido de forma automática para todos os imóveis.
Ele se torna obrigatório somente quando o produtor realiza alterações na matrícula do imóvel, como em casos de venda, doação, inventário, desmembramento, correção de área ou busca por financiamento. No entanto, se antecipar pode evitar dor de cabeça e custos extras no futuro.
O que é o georreferenciamento e como funciona
O processo substitui as antigas descrições imprecisas — como “da pedra até o córrego” — por coordenadas exatas de latitude e longitude, seguindo normas do Incra.
O trabalho é feito por engenheiros agrimensores e técnicos habilitados que usam GPS de alta precisão para realizar o levantamento.
Com os dados em mãos, são elaborados a planta e o memorial descritivo da propriedade, que passam por validação no Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) do Incra.
Após a aprovação, o produtor recebe o certificado, que deverá ser apresentado ao cartório sempre que houver movimentação documental.
Entenda os prazos e quando o georreferenciamento é obrigatório
O cronograma para obrigatoriedade foi estabelecido pelo Decreto 4.449/2002. Para propriedades menores de 25 hectares, o prazo limite é 20 de novembro de 2025. No entanto, a exigência vale somente se houver necessidade de atualizar a matrícula no cartório.
Ou seja, se o produtor não for realizar venda, herança ou qualquer alteração, não há necessidade imediata. No entanto, deixar para depois pode gerar entraves, já que a alta demanda perto do prazo pode encarecer e atrasar o processo.
Por que vale a pena antecipar o processo?
Mesmo que o georreferenciamento não seja obrigatório neste momento, ele oferece vantagens estratégicas:
- Valorização do imóvel: Propriedades com certificado tendem a valer mais.
- Prevenção de conflitos: Evita disputas com vizinhos por divisas mal definidas.
- Facilidade no crédito rural: Bancos exigem a documentação para liberar recursos.
- Segurança jurídica: Garante proteção patrimonial ao produtor e à família.
Além disso, imóveis com matrícula regularizada ganham credibilidade no mercado e são vistos como ativos sólidos por compradores e instituições financeiras.
Planeje agora e evite correrias em 2025
A recomendação do especialista é simples: não deixe para a última hora. Procure um profissional habilitado, avalie a situação da sua matrícula e providencie os documentos necessários.
O planejamento antecipado é o caminho mais seguro para preservar o valor e a legalidade do seu patrimônio rural.