Os produtores de soja já podem se preparar, pois os impactos da mudança no tempo devem ser sentidos nos próximos dias. O frio ganhou força no Sul e em parte do Centro-Sul do Brasil, com previsão de geada em áreas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e sul do Mato Grosso do Sul, prejudicando lavouras e pastagens.
A previsão também indica a formação de um novo ciclone extratropical, que deve trazer temporais, ventos fortes, queda de granizo e volumes elevados de chuva para os três estados do Sul. O clima segue instável e exige atenção redobrada no campo.
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Alerta para a safrinha de milho
Produtores de milho segunda safra, especialmente no Paraná, estão em estado de alerta. As geadas atingem áreas em fase reprodutiva da cultura, aumentando o risco de prejuízos. No sul do Mato Grosso do Sul, também cresce a preocupação entre pecuaristas e agricultores que iniciaram o cultivo das lavouras de inverno.
Clima e tempo
A massa de ar polar segue atuando e mantém as temperaturas baixas, principalmente durante as madrugadas. As mínimas devem ficar abaixo dos 10 °C em grande parte do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Há risco de novas geadas entre os dias 30 de maio e 2 de junho.
No Sudeste, o ar seco predomina. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Goiás seguem com baixa umidade do solo, o que agrava o estresse hídrico em áreas agrícolas.
Aparição de neve
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a chance de nevar em áreas pontuais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná não está descartada. Há previsão de neve na serra gaúcha e na serra do sudoeste do estado; na serra de Santa Catarina; no Planalto Norte de Santa Catarina, chegando até o sul do Paraná, onde a neve poderá ter maior probabilidade.
A possibilidade de neve geralmente ocorre com temperaturas mínimas entre 2°C e -2°C, além da combinação de umidade e temperaturas baixas.
E o tempo em junho?
O mês começa com tempo seco e frio na maior parte do Centro-Sul. As chuvas devem continuar escassas na primeira quinzena, o que mantém o alerta para o déficit hídrico, especialmente em regiões que se preparam para o plantio das culturas de inverno.
No Norte do país, a tendência é de redução gradual das chuvas, marcando o início da transição para o período seco, sobretudo no centro-sul do Pará e no Tocantins.
Já no Nordeste, as precipitações continuam concentradas na faixa litorânea, mas com volumes irregulares. O interior da região permanece com baixa disponibilidade hídrica, o que segue desafiando a produção agrícola.